11/05/2014

Da desunião europeia (e nacional)

Depois de ler a entrevista do Público a Philippe Legrain, houve várias coisas que me deixaram a pensar.
Primeiro, aqui ficam alguns momentos:

(Legrain:) "É preciso lembrar que na altura havia três franceses na liderança do Banco Central Europeu (BCE) – Jean-Claude Trichet – do FMI – Dominique Strauss-Kahn – e de França – Nicolas Sarkozy. Estes três franceses quiseram limitar as perdas dos bancos franceses. E Angela Merkel, que estava inicialmente muito relutante em quebrar a regra do “no bailout”, acabou por se deixar convencer por causa do lobby dos bancos alemães e da persuasão dos três franceses." (...)

"troika (de credores da zona euro e FMI) que desempenhou um papel quase colonial, imperial, e sem qualquer controlo democrático, não agiu no interesse europeu mas, de facto, no interesse dos credores de Portugal. E pior que tudo, impondo as políticas erradas." (...)

"Portugal está mais endividado que antes por causa do programa, e a dívida privada não caiu. Portugal está mesmo em pior estado do que estava no início do programa." (...)

"A UE sempre funcionou com a Alemanha integrada nas instituições europeias, mas aqui, a Alemanha tentou redesenhar a Europa no seu próprio interesse. É por isso que temos uma Alemanha quase-hegemónica, o que é muito destrutivo." (...)

"Pensa que isso foi uma decisão tomada conscientemente por Angela Merkel?
Os erros vieram todos da violação da regra do “no bailout”. Merkel tem a seu favor o facto de ter atrasado durante muito tempo [a ajuda à Grécia]. Penso que ela não queria violar a regra do “no bailout”. Só que foi convencida a fazê-lo pelos três franceses e pelos bancos alemães, que disseram todos que seria irresponsável deixar a Grécia entrar em default. E, por causa deste erro fatal, de repente os contribuintes alemães sentem que são responsáveis pelas dívidas de todos os outros países. Por isso, a resposta natural dos alemães foi dizerem que querem maior controlo sobre os orçamentos e políticas económicas dos outros. Este foi o erro crasso. Transformou a natureza da UE, que passou de uma comunidade voluntária entre iguais para esta relação hierárquica entre credores exercendo o seu controlo sobre os devedores. " (...)

"Então para si, a crise do euro foi antes de mais uma crise bancária mal gerida....
Foi. É antes de mais uma crise bancária."Se olhar para Portugal, o principal problema era a dívida privada. Antes da crise, a dívida pública era sensivelmente a mesma que na Alemanha – 67/68% do PIB – mas o grande problema que não foi de todo resolvido era a dívida privada que estava acima de 200% do PIB. (...)

"Os bancos deveriam ter sido reestruturados e a dívida do sector privado deveria ter sido resolvida. Nas empresas, através de procedimentos de insolvência do FMI que lhes permite continuar a funcionar enquanto a dívida é reduzida. Para os consumidores, com reduções de dívida a partir do momento em que os bancos reconhecem as perdas e as incluem nos balanços. Se isto tivesse sido feito, a trajectória da dívida pública portuguesa poderia ter permanecido sustentável, porque o sector bancário estaria a funcionar, a dívida privada seria inferior e por isso haveria mais crédito para investimento e maior consumo. Mas por causa dos erros feitos Portugal está numa situação difícil."(...)

  "Ao mesmo tempo, se olharmos para a economia subjacente, há agora um crescimento do PIB positivo, mas a inflação caiu tanto que o crescimento nominal do PIB é muito, muito baixo. E é muito difícil sair de uma dívida gigantesca quando se tem um crescimento nominal do PIB muito baixo. Por isso, na ausência de inflação, é preciso reestruturar a dívida." (...)

"Mas pelo menos parte da dívida pública foi assumida para salvar dívida privada, incluindo dos bancos, portugueses e alemães. O que significa que são os contribuintes portugueses que estão a pagar para salvar esses bancos?
Sim, é verdade." (...)

"Mas é preciso, sim, uma reforma institucional para fazer a zona euro funcionar melhor no futuro. E, a esse respeito, penso que é preciso ter um mecanismo verdadeiramente independente de resolução dos bancos, porque o actual não é. É preciso que o papel do BCE enquanto credor de último recurso dos governos seja tornado permanente em vez do actual mecanismo temporário e condicional [OMT]. Terceiro, é preciso restaurar a regra do “no bailout”. E é preciso dar aos Governos muito mais liberdade e flexibilidade para contrair crédito e para gastar – para isso, é preciso deitar fora o Tratado orçamental – embora prevendo, em última análise, a possibilidade de default. Esta é a disciplina. Os Governos e os mercados têm de saber que há o risco dedefault. A longo prazo, será preciso criar um tesouro da zona euro, com algum poder de tributação fiscal e de contrair crédito, que responda democraticamente perante o Parlamento Europeu e os parlamentos nacionais."(...)

"Olli Rehn e os seus altos funcionários decretam que o desemprego vai ser 12% mas se afinal é 20%, dizem “ah, ok, temos de mudar aqui este número na folha de cálculo”. Ou seja, não estão a lidar com a realidade. Esta instituição é uma redoma completamente desligada da realidade. 
Estas mesmas pessoas vão continuar a mandar nas nossas vidas...."(...)

In Publico Online "http://www.publico.pt/economia/noticia/ajudas-a-portugal-e-grecia-foram-resgates-aos-bancos-alemaes-1635405?page=1#follow"



Ou seja:
- Estamos onde estamos por arrogância e desinteresse dos mais altos dirigentes europeus;
- A máquina financeira europeia nunca funcionou bem e continuará a não funcionar por vontade colectiva da comunidade política europeia 
- Merkel podia ter travado esta corrida desenfreada de ajudas aos bancos que prejudicou sobretudo os países do Sul da Europa; e
- Depois destes anos, ainda não há plano B para sair colectivamente desta situação negativa em que nos encontramos.  
- Observo colateralmente o seguinte: de acordo com o que li, o principal problema de Portugal antes do início desta crise era a dívida privada. A dívida pública não representava algum problema porque estava controlada. Ora o que o actual governo tem vindo a fazer desde que foi eleito foi vender os activos estatais mais atractivos (EDP, CTT, TAP, ...) enquanto se apressa a assumir dívidas privadas - BPN, agora parece também a Carris e a STCP... conseguem ver o alcance destas artimanhas?
- Apesar dos maus negócios do anterior governo, ainda hoje me pergunto se não teria sido muito mais sensato o PCP e o BE terem deixado Sócrates implementar o PEC IV e com isso poder ter outra atitude de negociação perante a Troika.

Em suma, estamos entregues à bicharada - lá fora e cá dentro. E agora? Para onde vamos? As eleições europeias estão aí e em Portugal a direita continua a tirar benefício da fractura à esquerda "ampliada" pela comunicação social...As coisas não estão fáceis mas tenho impressão que vão continuar a não ficar melhores...


25/04/2014

25 de Abril

Hoje é o dia.
Marco histórico, festeja-se o derrube do fascismo em Portugal, festeja-se a Liberdade... é e deve ser um dia de Alegria. Não se pode nem deve esquecer o que era Portugal antes de 74.
Curiosamente tenho ideia que a esperança nesta data tem vindo a aumentar ao longo dos últimos meses, desde as grandoladas que havia uma necessidade urgente em chegar ao 25 do 4 - quiçá esperando uma nova revolução, ou tão simplesmente por alguém que com "eles no sítio" capaz de pôr esta cambada a andar daqui para fora, o que infelizmente ainda não aconteceu e continuamos à espera.
Realmente, continuamos dependentes de uma minoria que parece servir-se antes de servir o país, que se contenta com a ménage à trois com a troika, porque o futuro, dizem, já não nos pertence.
A partir de agora, há que refazer o país, viver o dia 25 a cada dia, o Abril da Liberdade a cada mês e lutar para nos afastarmos destas novas formas de ditadura encoberta...
Viva a revolução! Viva a Liberdade! Viva o 25 de Abril! Viva Portugal! (o que resta dele, o que ainda não foi vendido, o que ainda não se rendeu à corrupção)
E bom feriado.

21/03/2014

Outra Insónia

Numa noite de insónia acordado desde cedo, peguei no carro e fui a Leiria, sentei-me num dos muros à saída do castelo com vista para o Terreiro. A lua ia alta e eu de máquina em riste fui tirando fotografias. Num primeiro momento não conseguia vislumbrar diferenças dado a escuridão da noite. No entanto continuei a disparar fotografias, um clarão depois de outro. Mais tarde, começou a nascer o sol . Momento mágico em que a luz toma conta do que não se via. Agora sim. Primeiro uma sombra ao longe, lentamente uma moldura desfocada e depois um quadro em tons de laranja. O sono começava a chegar mas o café apetecia mais... estava na hora de seguir... já nem sei onde guardei as fotografias...

19/03/2014

Momento

Posso olhar para ti
e rever-me nos teus olhos,
irradiando o momento
de orgulho
que perpetua ad aeternum
na vida 
de uma Vida que terminou 
ou antes de se perceber
como o dia começa
ou o caminho acabou

Posso olhar para ti
e encontrar a felicidade
na unicidade
daquele momento...
Afinal, a felicidade está aí
Mas não sabes ainda que a teu lado...
Descansa o futuro,
e por isso, não corras,
não precisas de correr,
já!

Podes ficar parado, podes ficar calado
Podes esperar que nada mude
Há coisas que ficam igual...

Eu posso olhar para ti
e mesmo assim, mudo,
capturar a saudade
que não sendo minha
me trespassa...

Anda, vamos brindar
ao soldado desconfiado
e ouvir outra canção.

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                                                  Dedicado aos Amigos Valada

17/03/2014

Da Saudade

A Saudade vive no Largo das Memórias. É filha do Tempo. Portuguesa de gema. Anda sempre a dizer que se fosse um animal, seria um caranguejo: porque embora se mova para a frente, não tira os olhos do passado.
A Saudade é grande, já nasceu assim. Porém, insiste em comportar-se como uma criança mimada que só gosta de abraços apertados e palavras amigas. Por isso mesmo, a Saudade não se dá com a Solidão, nem fala com ela.
A Saudade mantém uma relação amorosa com o Passado mas a verdade é que vive à custa do Presente...De todas as formas, esclareçam-se as dúvidas, ela não é da família da Puta da Vida... embora assim pareça...
Quando está feliz gosta de sair com o Sorriso e com a Gargalhada.Quando precisa de desabafar vai ter com o Choro e com a Tristeza- só eles a entendem como ninguém... É que a Saudade deixa-nos sós a pensar no que seria se fosse... mas não é.

Sobre o Tempo

Que complexo é o Tempo quando olhamos para trás. As memórias não se repetem, são únicas, mas a vontade de revisitá-las persegue-nos infinitamente até que o nosso consciente as apague. 

Ao olhar para essas memórias, os dias de hoje parecem mais curtos, muito talvez porque a distância que nos separa aumentou. Em equação, somos uma adição de experiências ao qual temos de subtrair estes momentos que nos fazem falta. E em resultado somos incompletos.


Ao princípio tentava voltar. Pelo caminho iludia-me com as companhias e as conversas que nunca mais voltariam a ser. E cada vez que chegava tombava ferido com a realidade. Afinal, a dor também nos afasta das lembranças. 


Nada nos impede de viver com o Passado, senão o Futuro. É facto que uma relação a três é demasiado complicada de gerir: ou nós ou o Tempo. Em suma, para bem do Presente, somos obrigados a tomar decisões, a escolher. 


Eu escolhi seguir em frente. Mas num tom melancólico, de vez em quando, ainda olho de relance para trás à procura...   

05/03/2014

Pourquoi Teodoro Obiang se met-il au portugais ?

COURRIER INTERNATIONAL HUGO DOS SANTOS  4 MARS 2014 (http://www.courrierinternational.com/revue-de-presse/2014/03/04/pourquoi-teodoro-obiang-se-met-il-au-portugais#)

GUINÉE-ÉQUATORIALE

Pourquoi Teodoro Obiang se met-il au portugais ?

Le pays est candidat à l'entrée dans la Communauté des pays de langue portugaise, alors qu'il n'est pas lusophone. Et ce n'est pas du goût de tout le monde.
Le président Equato-Guinéen salue les [alors] président et premier ministre portugais Aníbal Cavaco Silva (au centre) et José Sócrates (à gauche) lors du sommet de la CPLP de 2008 à Lisbonne.
Cela fait quatre ans que la Guinée-Equatoriale manifeste – à travers la voix de son président Teodoro Obiang – sa volonté d'intégrer la Communauté des pays de langue portugaise (Cplc). Bien que le portugais y soit essentiellement parlé par les expatriés angolais ou mozambicains, la langue de Camões a été instituée en 2011 troisième langue officielle du pays, avec l'espagnol et le français. En réalité, si les Equato-Guinéens parlent surtout le fang (une langue de la famille bantoue) et le pidgin, 88 % d'entre eux parlent ou comprennent l'espagnol, ce qui en fait le seul pays d'Afrique ayant la langue de Cervantès comme langue officielle. Le but avoué de la manœuvre était de pouvoir prétendre à entrer dans la Cplp, un sésame pour le marché lusophone.

Lusophonie et droits de l'homme
Si l'adhésion de la Guinée-Equatoriale à la Cplc avait été refusée une première fois en 2012 (pour non-respect flagrant des droits de l'homme), elle pourrait être acceptée cette année. En effet, Rui Machete, ministre des affaires étrangères portugais, a déclaré dans un entretien au journalPúblico qu'il ne s'y opposait plus depuis l'abolition de la peine de mort dans ce pays : "Je n'ai aucune raison de douter de la parole de la Guinée-Equatoriale." Lorsque le journaliste Nuno Ribeiro lui a posé la question de savoir comment se calibraient les exigences relatives aux droits de l'homme, le ministre a répondu  : "C'est une question difficile, car cela dépend de quels droits de l'homme on parle."
Cette déclaration a provoqué l'indignation de Manuel Alegre, une des figures de l'opposition portugaise et ancien candidat du Parti socialiste à la présidentielle de 2006 : "Je vois avec stupéfaction les mots du ministre Rui Machete. Le ministre des affaires étrangères d'un pays démocratique ne peut avoir confiance dans la parole d'une dictature ou d'un dictateur qui passe son temps à faire des promesses mais ne change rien." L'ancien opposant à la dictature de Salazar déclare également que "doivent faire partie de la Cplp les pays qui respectent formellement les règles de la démocratie, ce que ne fait pas la Guinée-Equatoriale. Il doit y avoir d'autres raisons à l'enthousiasme lié à cette nouvelle adhésion."
La Guinée-Equatoriale renfloue des banques portugaises
Le Bloc de gauche, par la voix de la députée Helena Pinto, voit un lien entre l'adoucissement de la position du gouvernement portugais et la promesse d'une entreprise d'Etat équato-guinéenne d'investir 133 millions d'euros dans la Banif – une banque portugaise partiellement renflouée par l'Etat portugais après la crise financière de 2008. "La Banif a besoin de ce capital et peu lui en importe l'origine. Le régime dictatorial de Teodoro Obiang a besoin de la Cplp pour se refaire une virginité sur le plan international", proteste la députée de gauche radicale, qui conlut : "La réponse est douloureusement simple : pétrole et affaires."
Selon le Diário Económico, l'eurodéputée socialiste Ana Gomes a demandé à la Banque du Portugal de "faire son travail" et de "s'opposer à l'entrée de l'Etat équato-guinéen dans le capital de la Banif". L'Autorité bancaire européenne a également indiqué que la Banque du Portugal était souveraine de décider de l'entrée de ces nouveaux capitaux dans la banque détenue à hauteur de 70 % par l'Etat portugais.
D'après l'hebdomadaire Sol, la Guinée-Equatoriale serait également intéressée par une entrée au capital de la banque portugaise BCP à hauteur de 11 %. Plus de 20 % de la BCP appartient déjà à deux compagnies angolaises, la Sonangol (la compagnie angolaise de pétrole) et le fonds d'investissement Inter Oceânico.

Dans les faits, la peine de mort est loin d'être abolie
D'autre part, un groupe d'associations et de chercheurs portugais a publié une lettre ouverte à Xanana Gusmão, Premier ministre du Timor-Oriental, où se déroulera le prochain sommet de la Cplp (du 20 au 25 juillet), afin de lui demander de mettre son veto à l'entrée de la Guinée-Equatoriale, rappelant que la revue Forbes avait classé le dictateur Teodoro Obiang comme le huitième chef d'Etat le plus fortuné au monde (alors que l'indice de développement humain est un des plus bas), et que le pays était "loin d'obéir aux paramètres démocratiques".

Le 25 février, l'opposant équato-guinéen Samuel Mba Mombe avait publié dans Público une lettre ouverte adressée au Premier ministre portugais Pedro Passos Coelho. Il y souligne que "quand la moitié du monde condamne la systématique et flagrante violation des droits de l'homme en Guinée-Equatoriale, il est surprenant que le Portugal, qui a souffert dans sa propre chair de l'impact d'une dictature – et qui avait reçu un appui international – puisse aujourd'hui soutenir une dictature cruelle qui assassine, séquestre, emprisonne et torture."

La chercheuse Ana Lúcia Sá affirmait le 20 février que "la peine de mort n'a pas été abolie en Guinée-Equatoriale. Nous ne savons pas si elle le sera. En revanche, nous savons qu'il y a deux semaines neuf personnes ont été exécutées en Guinée-Equatoriale." Selon l'hebdomadaireExpresso, Washington a également condamné la violation des droits de l'homme sous la dictature de Teodoro Obiang et "la négation des libertés basiques : liberté d'expression, de la presse, de réunion et d'activité politique".

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(os negritos a azul são meus, parabéns ao Hugo dos Santos pelo sumário de todas as notícias)

03/03/2014

O desgoverno da língua portuguesa

Já leram? Isto não é novo mas continua actual.

Por outro lado...

...lendo as declarações do actual Ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de Portugal, Rui Machete fico ainda mais atemorizado.
Abaixo encontram parte da entrevista ao jornal Público que também pode ser lida em (http://www.publico.pt/politica/noticia/nao-tenho-nenhuma-razao-para-duvidar-da-palavra-da-guine-equatorial-1626423)

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“Não temos razões para duvidar” da palavra da Guiné Equatorial"


"Portugal já viu a legislação, o tal dispositivo legal…
Numa questão deste género, o que há é tomar em consideração a declaração solene que é feita. Evidentemente que isso teria consequências graves se fosse falso, mas não temos razões para pensar isso.

Um dia depois dessa garantia solene, não escrita…
Foi registada em acta.

Mas não escrita, não foi apresentado um documento, uma disposição constitucional, algo que mudasse o ordenamento jurídico da Guiné Equatorial nesse sentido. Mas um dia depois da reunião de Maputo há uma denúncia de que, no tempo de monotorização do roteiro, em duas semanas houve nove execuções sumárias. Que comentário isto lhe suscita?
Não fiz nenhuma investigação, mas o que posso dizer é que houve uma garantia solene de que a partir do dia 13 deste mês, se registava uma suspensão das sentenças condenatórias da pena de morte em todo o território da Guiné Equatorial e de que, proximamente, quando a Assembleia se reunir, suponho que é daqui a quatro meses ou cinco meses, seria apresentado um pedido formal de revogação da pena de morte. Esta foi a declaração feita e é a declaração que, até este momento, não temos razão nenhuma para pensar que não seja verdadeira.

Pode dar a garantia aos portugueses de que se não houver cumprimento integral dessa promessa solene, Portugal veta na cimeira de Dili a adesão da Guiné Equatorial?
Se houver uma violação do prometido, por mera hipótese apenas, é evidente que a nossa posição teria de ser reponderada.

No sentido do veto?
No sentido de ser reponderada, é o que posso dizer. Aceita-se um pressuposto, se esse pressuposto não existisse, teria que ser revisto." "

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Por outro lado...

O sr. Ministro pode não ter razão para duvidar da Guiné Equatorial, mas a maior parte dos portugueses tem e até podem desconfiar de si, das suas omissões e das intenções do Governo de Portugal ao pactuar com esse regime.

E já agora o que anda a "polícia" da União Europeia a fazer? Portugal está a escancarar as portas da Zona Económica a regimes menos transparentes e à entrada de dinheiro sujo na Europa.

E se a Comissão Europeia não está atenta ou não quer agir, não estará também ela a ser cúmplice desta situação ?




23/02/2014

O Cartoon do Dia
























Fonte: Público Online


Ana Gomes pede intervenção contra entrada da Guiné Equatorial no Banif


"Este é mais um caso em que tenho de intervir no sentido de pedir a intervenção da Comissão Europeia para não deixar que se concretize uma intervenção num banco que está a ser resgatado com fundos emprestados no quadro do resgate a Portugal - e que vão ser pagos pelos contribuintes portugueses - e ainda por cima quando é um esquema de lavagem de dinheiro de um regime corrupto e criminoso", disse à Lusa a eurodeputada socialista."
(...)
"A passagem do Governo para a administração de um banco - infelizmente esse é um comportamento demasiado frequente em Portugal - não deixa de ser menos indecoroso por parte de responsáveis políticos, infelizmente do meu próprio partido, e incomoda-me ainda mais sendo ele um militante do Partido Socialista e tendo tido responsabilidades na direcção do PS", disse a eurodeputada."

"Isto é dinheiro que serve para comprar vontades. E para que o Obiang e a sua família possam continuar a roubar", afirmou Severo Moto, em declarações à Lusa em Madrid.

"Toda a gente sabe que o Presidente Obiang está a nadar na abundância do dinheiro que recebe do petróleo. Como nos EUA já estão atrás do que tem roubado e em França também, está a fugir desses países onde tem problemas e a refugiar o seu dinheiro em Portugal e noutros países", disse."
(...)
Severo Moto também considera que o investimento é "um bilhete" para a CPLP, mas insiste que é uma adesão que "social e culturalmente" não faz sentido "num país que tem como línguas oficiais o espanhol e o francês" e que apenas pretende "influência".

"O interesse de adesão á CPLP não tem a ver com afinidades ou com boas relações. Tem a ver com interesses económicos", afirmou o líder da oposição.

"Obiang procura influência e a proteção de outros países. O que a Guiné quer é projeção internacional, porque agora se sente mais abandonada que nunca pela comunidade internacional", disse. "

...

João Soares escreve a Xanana contra Guiné-Equatorial na CPLP


"Na carta, a que o Expresso teve acesso, Soares considera que "a entrada da Guiné-Equatorial, a mais longa ditadura no poder no mundo e uma das mais corruptas e torcionárias, para além de ser absurda em termos de ligação com a língua portuguesa, violaria um dos princípios básicos essenciais da CPLP."
(...)
"E conclui: "Teria uma imensa vergonha se o Governo do meu país, Portugal, pudesse ser cúmplice desse gigantesco erro político. Que aliás, na minha modesta opinião, comprometeria gravemente a imagem da CPLP"."

Fonte: Expresso Online



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Dado o exposto, não é necessário escrever mais.
Boa noite.

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Venho adicionar na íntegra uma carta aberta publicada no Público Online escrita pelo Dr. Samuel Mba Mombe, que assina como médico e activista político e que me parece relevante ao tema

Carta aberta na íntegra


Sua Excelência,
Pedro Passos Coelho
Primeiro-Ministro e Chefe do Governo de Portugal,
Excelência,

Segundo informações de fontes concordantes, o meu país, a Guiné Equatorial, foi admitido na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) com o aval do Governo de V. Ex.ª. Nós, guinéu-equatorianos, recebemos esta notícia com indignação, repulsa e consternação, ao constatar que o Governo que V. Ex.ª preside cedeu aos interesses económicos que, sem dúvida, jogaram o papel decisivo para que o nosso país seja aceite como membro de pleno direito nessa organização. 

Ainda que já não nos surpreenda a hipocrisia dos Estados que se dizem democráticos, como é o caso de Portugal, a aceitação da ditadura de Teodoro Obiang Nguema pela comunidade de países lusófonos não faz mais do que confirmar a dupla moral destes Estados. Quando quase meio mundo condena a sistemática e flagrante violação dos direitos humanos na Guiné Equatorial, surpreende que Portugal, que já sofreu na própria carne os impactos de uma ditadura e que recebeu o apoio e solidariedade de outros Estados, seja hoje o defensor de uma cruel ditadura que sequestra, assassina, prende, tortura e não atende aos chamamentos da comunidade internacional para pôr fim às hostilidades contra o seu próprio povo.

Excelência,

O nosso povo já se acostumou a que Obiang, pelo poder do dinheiro, compre vontades. A sua aceitação na CPLP não foi uma excepção. O que temos de recordar é que estes dinheiros que vos fazem bajular o déspota são roubados ao povo da Guiné Equatorial. V. Ex.ª saberá certamente que este povo continua a definhar na miséria e na pobreza mais absolutas, apesar do petróleo, do gás e da madeira. É esta a crua realidade da Guiné Equatorial no momento em que o Governo de V. Ex.ª lhe abre as portas para ser membro de pleno direito da vossa comunidade.

Excelência,

Ao nosso sofrido povo, que durante quase 45 anos apenas conheceu regimes ditatoriais, resta-lhe tomar nota deste tipo de decisões. Como um império nunca dura 100 anos, algum dira recordaremos porque é que agora o que interessa aos “democratas” ocidentais são as nossas riquezas, as riquezas que os déspotas que arruínam os nossos países lhes oferecem em bandeja, virando as costas aos sofrimentos de um povo que exige a liberdade de opinião, de manifestação, de expressão, de movimento, de eleições livres e transparentes. Em suma, um Estado baseado no respeito pelos direitos humanos e pela justiça social.

No momento em que escrevo esta carta, a pena de morte continua em vigor na República da Guiné Equatorial. E um ou outro assassinato acaba de cometer-se na sinistra prisão de Malabo.

Com alta consideração e estima pessoal,

Dr. Samuel Mba Mombe
Médico no activo e activista político

Fonte: www.publico.pt Opinião - 25/02/2014 - 15:30

17/02/2014

Depois de tanto tempo,
Do caminho que partilhámos
Das lágrimas que chorámos
Das horas de desalento
Digo-te agora adeus
Solidão.


16/02/2014

Fim de dia

À beira do lago nos sentamos
E sorrimos como duas almas
Contentes como duas crianças
Que gargalham e batem palmas

À beira do lago nos quedamos
E vemos, oirando, o sol descer,
Os campos, o milho, as tuas tranças
A beleza única do entardecer

Somos um mais um e a tua mão
Na minha, uma felicidade singular
de Inverno o calor, o frio no Verão
O sol de manhã e à noite o luar

À beira do lago nos sentámos
E na calmia vimos o tempo passar
A felicidade é agora o que guardámos
é vento que parte para não voltar... 

14/02/2014

Inércia

Um pingo,
não de chuva,
Humedece a terra...

Vertido
o sangue, 
silencia a voz
e o destino cai 
prorrogado...

Na rua 
Sobressaem as palavras
Sem se gritar um ai! 

Deixa para trás 
os cravos reclamando 
o atraso do futuro...
E vai-se embora...

O rasto,
de ranho no poder, 
quer fazer crer à gente 
que o caminho, 
o caminho é este
onde as vacas comem o pasto, 
as cagarras voam alto...
como um falso carvalho 
podre, 
qual cavaca a arder...

Inanimado 
país doente, 
vives a ilusão hipotética
da bonomia que não chega...

Da liberdade 
Que não nos cansa
Nem nunca a democracia
que resiste definhando 
ante a indigência moral
dos que pretendem reduzi-la
à sua própria iliteracia...
Ingratos! 



Um pingo vertido na rua 
deixa para trás 
o rasto inanimado da liberdade...

04/02/2014

Sumário...

Quase amarrado...

Por um momento
Pousei o silêncio
E senti o vento
Olhei em volta
Parei no tempo

Pesa-me a dor
o ardor de ser
o risco vertido
na cal do horizonte

Enquanto a verdade
É aquilo que se julga
A mentira já está em liberdade.

Caso encerrado...

Ruborosas faces...

Ruborosas faces,
Celestes vistas
que mal me fazes
mal me conquistas

Paisagem plena
oh, rio selvagem
Ondulante imagem
pintada à pena

Musgo verde, verde
musgo
sublime fogo
apagado se perde
na fome, na vida
ah! saudade!
até logo
entardece
e
leva-me,
deixando-me ficar...

Ruborosas faces,
Alegres vistas,
que bem me fazes
bem me conquistas

02/02/2014

Na praia

arei
a areia
e já num are ia
quando ao ver no ar
eia!
um suspiro a maresia
e foi aí que me sentei
mas já nao mareei o mar
entardeci e ali fiquei...

10/10/2013

O Cartoon do Dia

Paradoxos...
Cartoon
Agora...
Alguém me pode explicar o que é que esta gente anda a fazer ?
Emigram os jovens, empobrecem os velhos, querem fazer tábua rasa da CRP e eu... só tenho um pedido... deixem-me puxar o autoclismo... que já nao aguento a mxxxx destas políticas...


24/09/2013

Da Irresponsabilidade que mata

Swaps subscritos pelo Governo e empresas da Madeira sem controlo

Tolentino de Nóbrega 24/09/2013 - 00:55, Publico Online (www.publico.pt)

Consenso entre os principais partidos excluiu contratos celebrados no arquipélago do inquérito em curso no Parlamento.

Os 26 contratos swap celebrados pelo Governo e por empresas públicas da Madeira não estão a ser fiscalizados nem pela Assembleia da República nem pelo parlamento regional, apesar de as perdas potenciais dos derivados que ainda estão activos continuarem a aumentar.

Em São Bento ficaram excluídos do âmbito do inquérito parlamentar em curso, alegadamente por serem competência regional. No Funchal, o PSD inviabilizou as iniciativas de controlo da acção governativa apresentadas pelo PS e pelo CDS.

A exclusão dos contratos da Madeira do âmbito do inquérito parlamentar em curso na Assembleia da República resulta de um consenso entre os partidos, revelou ao PÚBLICO o presidente da comissão eventual de inquérito, Jorge Lacão. No entanto, confrontado com a eventualidade de os contratos celebrados pela Madeira virem a ter impacto nas contas públicas nacionais, Lacão admitiu que esta questão possa vir a ser abordada pela comissão de inquérito, caso seja suscitada pelos partidos.

Os 26 contratos swap assinados pela Madeira entre 2006 e 2011 apresentavam perdas potenciais superiores a 175,8 milhões de euros em Abril de 2013. Este valor corresponde a 5,9% dos três mil milhões de euros de risco de prejuízo acumulado pelas transacções feitas pelas empresas públicas do continente, apesar de o arquipélago representar 2,5% da população nacional.

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Então as finanças na Madeira continuam sem controlo? E ninguém diz nada? Ninguém toma medidas para acabar com a pouca vergonha

Continuo a achar que é mais fácil dizer que é a Merkel e a Troika que estão  dar cabo do Sul da Europa do que pôr ordem na casa. 


Liberte-se a língua, pois...

23/09/2013

Negócios do camandro...

Porque é que a RTP não dá lucro? Porque não pode enquanto for pública. No fundo parece ser mais um caso de caso de gestão danosa de dinheiros públicos...

"Não se justifica" RTP pagar à PT para transmitir sinal"

(www.jn.pt)
Um estudo levado a cabo por investigadores da Universidade do Minho diz que a RTP deve adaptar a rede de emissores de rádio para difundir os canais RTP1 e RTP2, poupando o valor pago à Portugal Telecom
foto NATACHA CARDOSO / GLOBAL IMAGENS
"Não se justifica" RTP pagar à PT para transmitir sinal
Alberto da Ponte, presidente da RTP
"O valor que a RTP paga à PT para difundir os sinais da RTP1 e RTP2 não se justifica, pois a RTP possui uma rede de transmissores que foi construída para a rádio digital terrestre (T-DAB -Terrestrial Digital Audio Broadcasting), que pode ser adaptada", lê-se no estudo feito por Sérgio Denicole e Mariana Lameiras e enviado pela Comissão de Trabalhadores do grupo ao Governo (Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro), à comissão de ética da Assembleia da República e aos grupos parlamentares.
Segundo disse à Lusa Camilo Azevedo, da Comissão de Trabalhadores, o memorando de entendimento acordado prevê que a RTP pague cerca de seis milhões de euros por ano à PT pelo uso dos seus equipamentos na transmissão das RTP1 e RTP2 (canais que estão disponíveis gratuitamente na Televisão Digital Terrestre).
O estudo da Universidade do Minho refere que a rede de transmissores de rádio (espalhada por todo o país) começou a ser usada em 1998, mas foi desativada em 2011 porque "os aparelhos recetores eram caros e a população não aderiu" a essa tecnologia.
Com o avanço da tecnologia, defende o estudo, os emissores T-DAB podem ser usados "para difundir sinais multimédia T-DMB (Digital Multimedia Broadcasting), mas também transportar e emitir sinais de Televisão Digital Terrestre na banda de VHF-III".
Para isso a rede teria de ser modernizada mas, dizem, o investimento "seria recuperado" em alguns anos já que a RTP pouparia por "não ter que pagar a terceiros para emitir seus sinais televisivos".
Além disso, haverá outras vantagens nesta solução, como a transmissão de todos os canais da RTP em sinal aberto.
Este estudo foi realizado no âmbito do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS), da Universidade do Minho, que por diversas vezes já se pronunciou a favor do serviço público de televisão e a recusa da venda ou concessão desse serviço.

Fonte: JN

22/09/2013

Retrato de um Portugal em crise e com fome

Um Portugal em crise e com fome
:   http://goo.gl/d89pxD


Eleições na Alemanha

Os resultados das eleições na Alemanha revelam uma vitória indubitável da CDU com cerca de 42% e uma derrota esmagadora para o SPD que se vê reduzido a uns meros 25% dos votos.

Não se trata só da anuência às políticas seguidas por Merkel. É também o fracasso do SPD de Steinbrück que não demonstrou personalidade política capaz de cativar a atenção dos Alemães. Pessoalmente vejo isto como uma derrota pessoal e não partidária.

Em números, num universo de 606 deputados, neste momento (21:00) a CDU tem direito a ocupar metade, ou seja 303 dos lugares disponíveis contra os 183 do SPD. Está a um lugar de conseguir uma maioria absoluta.

No caso de vir a haver uma coligação governativa e de acordo com os gráficos actuais do Zeit Online (http://goo.gl/hGJnZA) as possibilidades de coligação da CDU são ou com o SPD ou com o partido Die Grüne.

Pessoalmente não me preocupa este ou aquele candidato ter ganho ou perdido, preocupa-me saber que o Governo da economia mais forte da Europa consegue encontrar estabilidade e maturidade suficiente para evitar posições políticas extremas tanto nas políticas internas como externas durante os próximos quatro anos.

06/08/2013

Irrevogável

Hoje deixei de ser o que amanhã irei continuar.

Munido de vácuo, evacuado de ideias, cagado de actos sem senso
Indecência febril, doença maligna, morte adiada num futuro tenso
foi a riqueza intelectual de um crente que afinal era ateu
mas que não sabia, nem quis saber, pensava que dava e não deu
porque afinal ser primeiro, ou o incontestável
ser aquele que dá o flato final
tem hoje o significado de irrevogável
num país à beira mar chamado Portugal...

05/08/2013

Something...

I miss something,
which I can't describe...
Maybe a bit of silence
A still to define...
Feeling again
What am I
Not in the world
I see
my fingers burning
blood in my words
swearing my thoughts
not to be heard

The truth quiets
the evening
Though the night sleeps unrest

I got one self which will leave 

And another that will last


Ferreira

02/08/2013

Náuseas...

Pelas notícias do dia...

> Porque é que os Portugueses têm de suportar estas cenas degradantes ? Não é saudável nem para a paciência dos Portugueses, nem para a democracia que fica mais turva. Falta vergonha. Talvez ética. Talvez fosse justo o sr. Isaltino dedicar-se à sua carreira profissional (?) e deixar a política activa de lado.

> Necessário, sem dúvida mas degradante e pornográfico. Estamos a falar de mais de um euro por habitante. Onde menos custa a gastar é onde os partidos políticos se recusam a cortar. 

> Duvidoso. Ético? Degradante para a democracia, apesar do excelente currículo do qual apagou o passado na SLN. Os americanos ficaram com uma opinião muito própria. As opiniões valem o que valem para quem as tem.  

- Governo apoia Machete no caso da venda de ações do BPN
> Estará o Governo a ver-se ao espelho?

> Grande falta de respeito e atitude pouco democrática de alguém que já deveria ter suficiente maturidade política. Adenda: quando é que os madeirenses abrem os olhos contra estas demonstrações autoritárias? 
> O país continua a saque e a deixou de haver vergonha, está mais que claro que o Governo, este Governo quer empurrar os Portugueses para os serviços privados de saúde e libertar-se do seu dever primário de assegurar os cuidados primários de saúde aos cidadãos. Se as PPP já são o que são, isto será ainda pior.  

> Falta de vergonha na cara. Continua por explicar por que é que Maria Luís Albuquerque e este senhor que estiveram envolvidos directamente nos SWAPs em relação directa com os serviços do Estado  continuam a exercer funções. 


> Falta de vergonha na cara - do visado - e dos excelsos que inventaram um tal comissariado. Deve ter sido uma diarreia cerebral muito forte. Portugal merece mais e a Língua Portuguesa também. 

Porque será que apenas conseguimos ter pessoas com percursos duvidosos a gerir o país?
Porque não temos melhor alternativa? 
Aceito sugestões. 




Para compreender melhor a estória...

Isto é que é uma trama...


Fonte: https://www.facebook.com/RiseupPortugal

E agora só para confirmar...


... ena! Tantos zeros...
...Alguém os está a pagar...
















01/08/2013

Aceitam-se ideias

A constante deterioração da economia interna de vários países da zona euro persiste desde 2008 e a Grécia tornou-se o espelho dessa degradação, que hoje é também social e humana. Muitos dos países da zona Euro têm as finanças de pantanas mas não há vontade nenhuma tomar acções drásticas para arrumar a casa. 

Vozes do FMI – hoje e à luz das notícias que são conhecidas, cada qual atribui-lhe o crédito que quiser – "começam" a ter dúvidas sobre a insolvência da Grécia. Verdade seja dita, esta constatação dificilmente poderia vir de algum dos nossos governantes Europeus - já que coloca em causa o fundamento da moeda única e da própria (des)União Europeia. 

Desde 2008 que há danças de salão na Grécia, em Itália em Portugal... tudo uma simples troca de cadeiras... já que as decisões centrais são tomadas nas Instituições Europeias – mas aqui ninguém tem responsabilidade – por isso ninguém se demite. Porquê? Ninguém quer ficar mal na fotografia? 

Podem vir dizer que os temas estão em cima da mesa, estão a ser estudados e debatidos mas no fundo não há pressa em aplicar medidas concretas. Opta-se assim por “conter” o problema, faz-se uma sessão de beleza aqui, empresta-se um pouco ali, culpa-se a Merkel, come-se um peito de frango assado porque o tempo não está para os bifes de vaca e continua-se a brincar aos pobrezinhos... Até a Grécia cair... 

Desculpe se me lê se pensa que estou para aqui com teorias da desgraça mas há uma linha paralela a todos estes países – há aparentemente Corrupção (que é como as bruxas, ninguém consegue provar que existem), há um jogo muito obscuro de Tesouro com criação de riqueza a partir de Dívida, há um sector bancário ávido por mais... o que eu ainda não percebi é como é que se põe fim a isto. Aceitam-se ideias.


29/07/2013

No meu tempo é que era...

Pá, ainda sou um garoto mas já me posso dar ao luxo de dizer "no meu tempo é que era"... Até me assusto quando por vezes vejo os desenhos animados que querem dar aos nossos filhos...

Vamos lá aproveitar para ver um episódio de desenhos animados de qualidade com dois dos meus personagens favoritos numa cidade mágica!

Desfrutem o momento e... não bebam demasiado!


26/07/2013

Sou mais um. E estou farto.

Sou mais um. E estou farto.

Desculpem-me o desabafo, mas estas telenovelas políticas desgostam-me, agoniam-me ao vómito.

Os Portugueses merecem mais, mas menos são os que têm. Os outros apenas se podem limitar a conter a sua raiva perante as injustiças a que são submetidos... é tão comum ver virar o bico ao prego que hoje em dia já é uma banalidade saber detalhes de negociatas e cozinhados políticos, económicos... afinal está visto que não é preciso colarinho branco para se subir na vida...

Estou farto de ver Portugal a ser vendido ao desbarato e nem um esforço, nem um gesto para curar a democracia.... A Democracia ferida, arrasta-se, foge e esconde-se dos b-p-énes, da lama que a Justiça não consegue limpar da alvura de sua veste...

Estou farto.... Abaixo os Dantas Que São Muitos e Muito Obrigado Almada Negreiros.

O sonho de muitos de construir em Portugal o Futuro, submergiu como os submarinos, mas ao contrário destes, o sonho já não deve voltar à tona, como a verdade que não passa de um "swap" a bel-prazer... Ainda assim, os factos teimam em mentir.

A Realidade mora ao lado, ou já não mora. Mudou-se para debaixo da ponte ou emigrou para o estrangeiro. Só ela é irrevogável. 

Precisamos de um ponto. Final. 
Estou farto. 




18/07/2013

Mais um passo decisivo contra o monstro ortográfico

"Petição contra Acordo Ortográfico vai a plenário em São Bento 

por Nuno Pacheco, in Publico Online 17/07/13

A petição “Pela desvinculação de Portugal ao ‘Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa’ de 1990”, com 6212 assinaturas, vai ser discutida em plenário na Assembleia da República. A decisão foi tomada na Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, onde foi aprovado, a 16 de Julho, um relatório nesse sentido.
No relatório que dá provimento à petição e a remete agora para plenário, assinado pelo deputado relator Michael Seufert, refere-se (pág.18) que “é um facto objectivo que, tirando os académicos envolvidos na elaboração do próprio Acordo, é difícil encontrar uma opinião da academia portuguesa favorável ao acordo – por razões variadas”
No mesmo documento (pág. 21), antes da emissão do parecer, escreve o deputado relator: “Pouco há a assinalar contra reformas ortográficas que assinalem as normais e duradouras mudanças que as línguas sofrem ao longo dos anos. Não é o caso desta. Como os países de língua portuguesa evoluem o ‘seu’ Português de forma independente, uma reforma ortográfica clara e simplificadora provavelmente criaria mais diferenças do que identidades entre as várias formas de Português. Não viria mal ao mundo por isso e seria mais útil para cada um dos povos que escreve Português do que criar uma “ortografia unificada de língua portuguesa” de utilidade duvidosa. Aliás, de alguma maneira essa ortografia unificada contraria a própria história.”
A petição “Pela desvinculação de Portugal ao ‘Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa’ de 1990”, que é subscrita por Ivo Miguel Barroso, Madalena Homem Cardoso e outros, num total de 6212 assinaturas, foi entregue na Assembleia da República a 26 de Abril deste ano. O seu destino inicial era a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, já que os peticionários suscitaram, em relação ao Acordo Ortográfico, “várias questões de constitucionalidade”. Mas, apesar do protesto (e do recurso) dos autores da petição, esta foi remetida à Comissão de Educação, Ciência e Cultura, que no dia 2 de Julho ouviu alguns dos peticionários.
A par disto, o grupo de trabalho criado naquela comissão “para acompanhamento do Acordo Ortográfico” decidiu adiar o seu relatório final, que deverá ser apresentado na próxima semana, na terça ou na quarta-feira. A deputada Rosa Arezes, membro do grupo, disse à Lusa que a votação foi adiada “para que sejam feitos pequenos ajustes nas conclusões”. “Achou-se por bem tecer alguns comentários, algumas considerações finais e alguns pormenores técnicos, em resultado das audições realizadas pelo grupo de trabalho e dos contributos apresentados no site da Assembleia da República e em comunicações escritas”, referiu a deputada social-democrata.
A petição “Pela desvinculação de Portugal ao ‘Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa’ de 1990”, com 6212 assinaturas, vai ser discutida em plenário na Assembleia da República. A decisão foi tomada na Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, onde foi aprovado, a 16 de Julho, um relatório nesse sentido.
No relatório que dá provimento à petição e a remete agora para plenário, assinado pelo deputado relator Michael Seufert, refere-se (pág.18) que “é um facto objectivo que, tirando os académicos envolvidos na elaboração do próprio Acordo, é difícil encontrar uma opinião da academia portuguesa favorável ao acordo – por razões variadas”
No mesmo documento (pág. 21), antes da emissão do parecer, escreve o deputado relator: “Pouco há a assinalar contra reformas ortográficas que assinalem as normais e duradouras mudanças que as línguas sofrem ao longo dos anos. Não é o caso desta. Como os países de língua portuguesa evoluem o ‘seu’ Português de forma independente, uma reforma ortográfica clara e simplificadora provavelmente criaria mais diferenças do que identidades entre as várias formas de Português. Não viria mal ao mundo por isso e seria mais útil para cada um dos povos que escreve Português do que criar uma “ortografia unificada de língua portuguesa” de utilidade duvidosa. Aliás, de alguma maneira essa ortografia unificada contraria a própria história.”
A petição “Pela desvinculação de Portugal ao ‘Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa’ de 1990”, que é subscrita por Ivo Miguel Barroso, Madalena Homem Cardoso e outros, num total de 6212 assinaturas, foi entregue na Assembleia da República a 26 de Abril deste ano. O seu destino inicial era a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, já que os peticionários suscitaram, em relação ao Acordo Ortográfico, “várias questões de constitucionalidade”. Mas, apesar do protesto (e do recurso) dos autores da petição, esta foi remetida à Comissão de Educação, Ciência e Cultura, que no dia 2 de Julho ouviu alguns dos peticionários.
A par disto, o grupo de trabalho criado naquela comissão “para acompanhamento do Acordo Ortográfico” decidiu adiar o seu relatório final, que deverá ser apresentado na próxima semana, na terça ou na quarta-feira. A deputada Rosa Arezes, membro do grupo, disse à Lusa que a votação foi adiada “para que sejam feitos pequenos ajustes nas conclusões”. “Achou-se por bem tecer alguns comentários, algumas considerações finais e alguns pormenores técnicos, em resultado das audições realizadas pelo grupo de trabalho e dos contributos apresentados no site da Assembleia da República e em comunicações escritas”, referiu a deputada social-democrata."

Também disponibilizado pelo Publico, aqui fica a ligação para o relatório da Comissão de Educaçäo, Ciência e Cultura com respeito a este assunto:

http://static.publico.pt/DOCS/Cultura/RelatorioFinalAO.pdf

E aqui a ligação para a página da Assembleia da República relativa ao tema:
http://www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/Paginas/DetalheAudicao.aspx?BID=94900

Fazendo votos para que o bom senso prevaleça, aguardo expectante a revogação da implementação do AO90.

Ferreira