03/03/2014

Por outro lado...

...lendo as declarações do actual Ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de Portugal, Rui Machete fico ainda mais atemorizado.
Abaixo encontram parte da entrevista ao jornal Público que também pode ser lida em (http://www.publico.pt/politica/noticia/nao-tenho-nenhuma-razao-para-duvidar-da-palavra-da-guine-equatorial-1626423)

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“Não temos razões para duvidar” da palavra da Guiné Equatorial"


"Portugal já viu a legislação, o tal dispositivo legal…
Numa questão deste género, o que há é tomar em consideração a declaração solene que é feita. Evidentemente que isso teria consequências graves se fosse falso, mas não temos razões para pensar isso.

Um dia depois dessa garantia solene, não escrita…
Foi registada em acta.

Mas não escrita, não foi apresentado um documento, uma disposição constitucional, algo que mudasse o ordenamento jurídico da Guiné Equatorial nesse sentido. Mas um dia depois da reunião de Maputo há uma denúncia de que, no tempo de monotorização do roteiro, em duas semanas houve nove execuções sumárias. Que comentário isto lhe suscita?
Não fiz nenhuma investigação, mas o que posso dizer é que houve uma garantia solene de que a partir do dia 13 deste mês, se registava uma suspensão das sentenças condenatórias da pena de morte em todo o território da Guiné Equatorial e de que, proximamente, quando a Assembleia se reunir, suponho que é daqui a quatro meses ou cinco meses, seria apresentado um pedido formal de revogação da pena de morte. Esta foi a declaração feita e é a declaração que, até este momento, não temos razão nenhuma para pensar que não seja verdadeira.

Pode dar a garantia aos portugueses de que se não houver cumprimento integral dessa promessa solene, Portugal veta na cimeira de Dili a adesão da Guiné Equatorial?
Se houver uma violação do prometido, por mera hipótese apenas, é evidente que a nossa posição teria de ser reponderada.

No sentido do veto?
No sentido de ser reponderada, é o que posso dizer. Aceita-se um pressuposto, se esse pressuposto não existisse, teria que ser revisto." "

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Por outro lado...

O sr. Ministro pode não ter razão para duvidar da Guiné Equatorial, mas a maior parte dos portugueses tem e até podem desconfiar de si, das suas omissões e das intenções do Governo de Portugal ao pactuar com esse regime.

E já agora o que anda a "polícia" da União Europeia a fazer? Portugal está a escancarar as portas da Zona Económica a regimes menos transparentes e à entrada de dinheiro sujo na Europa.

E se a Comissão Europeia não está atenta ou não quer agir, não estará também ela a ser cúmplice desta situação ?




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