22/02/2012

A Arte Polítca vs. A Ciência

Meus amigos, fica provado que isto é que é a verdadeira arte política.
Não parece ser necessário emitir as opiniões dos peritos contratados pelo Ministério que ali estão para criar uma estratégia firme de minimização deste problema porque a Fé da Ministra é mais forte! Além do mais, para quê maçar os deputados com detalhes técnico-analíticos aborrecidíssimos?
  
Eu tenho fé que me calhe o Euromilhões mas até agora ainda não choveu para estes lados. Eu sei que se calhar mais cedo, optimiza a minha conta. Se calhar mais tarde, também a optimiza. Se não calhar, então aí "pioriza" e só com mais informação - tipo, do bruxo Alexandrino -  é que posso ver o que  podemos fazer... vou ver se chove ali na esquina...

17/02/2012

A História repete-se em nome de...

Não resisti a partilhar...


Não leia, isto é velho de 75 anos - Opinião - DN


Então, recapitulemos. A agência de rating Moody's baixa a nota da Grécia; as taxas de juro explodem; o país declara falência; a população revolta-se; o exército toma o poder, declara-se o estado de urgência e um general é entronizado ditador; a Moody's, arrependida pelas consequências, pede desculpa... "Alto!", grita-me um leitor, que prossegue: "Então, você começa por dizer que vai recapitular e, depois de duas patacoadas que todos conhecemos, lança-se para um futuro de ficção científica?!" Perdão, volto a escrever: então, recapitulemos. Só estou a falar de passado e vou repetir-me, agora com pormenores. A Moody's, fundada em 1909, não viu chegar a crise bolsista de 1929. Admoestada pelo Tesouro americano por essa falta de atenção, decidiu mostrar serviço e deu nota negativa à Grécia, em 1931. A moeda nacional (dracma) desfez-se, os capitais fugiram, as taxas de juros subiram em flecha, o povo, com a corda na garganta, saiu à rua, o Governo de Elefthérios Venizelos (nada a ver com o Venizelos, atual ministro das Finanças) caiu, a República, também, o país tornou-se ingovernável e, em 1936, o general Metaxas fechou o Parlamento e declarou um Estado fascista. Perante a sua linda obra, a Moody's declarou, nesse ano, que ia deixar de dar nota às dívidas públicas. Mais tarde voltou a dar, mas eu hoje só vim aqui para dizer que nem sempre as tragédias se repetem em farsa, como dizia o outro. Às vezes, repetem-se simplesmente.
FERREIRA FERNANDES, Diário de Notícias Online, publicado a 2012-02-08 às 01:05

O Cartoon do Dia

Desequilíbrios





15/02/2012

O Cartoon do Dia

Isto, ora 12 mil vezes a raiz quadrada do PIB, a dividir por 100.... bom, é fazer as contas...

Mas... Isto somos nós que pagamos?? Não podemos mandar a factura à troika?

13/02/2012

Professor de Direito diz que novo Acordo Ortográfico é “inconstitucional”

retirado do Publico Online


Apresentou queixa na Provedoria de Justiça


Ivo Miguel Barroso, professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, considera que utilizar a Língua Portuguesa segundo as normas do novo Acordo Ortográfico é “inconstitucional” e apresentou queixa na Provedoria de Justiça.



Professor assistente de Direito, Ivo Miguel Barroso apresentou queixa na Provedoria por considerar que o “novo Português” fere a Constituição da República, e afirma que “a língua não se muda por decreto”.

Defende Ivo Miguel Barroso que a actual Constituição da República Portuguesa, aprovada em 1976, está escrita em Português anterior a 1990 - data do Acordo Ortográfico - logo, do ponto de vista técnico, uma actualização ortográfica não pode ser feita, sem que haja uma revisão constitucional, segundo as normas do Acordo Ortográfico.

Todavia, ainda assim, uma tal revisão não poderia ter efeito retroactivo, “convalidando os diplomas anteriores à data dessa revisão, que continuariam a ser inconstitucionais”, afirmou à Lusa.

Na opinião de Ivo Miguel Barroso, que contesta o Acordo Ortográfico, essa hipotética revisão constitucional não se afigura possível, pois atentaria contra limites materiais de revisão, nomeadamente “o princípio da identidade nacional e cultural e o núcleo essencial de vários direitos, liberdade e garantias”.

Segundo Ivo Miguel Barroso é necessária uma “revisão constitucional” para que seja revista a ortografia e logo se aceite o Acordo Ortográfico. A outra possibilidade é a “republicação da Constituição segundo a nova grafia, aprovada que seja pela Assembleia da República uma lei de revisão”.

“Assinalo, porém, que a Constituição já foi aprovada. As alterações, em sede de revisão, são feitas artigo a artigo. Por isso, só alterando todos os artigos que estão em desconformidade com o Acordo Ortográfico”, adverte o docente.

Por outro lado, salientou, “a língua é regulada predominantemente pelo costume”. “Uma língua não se muda por decreto. Tem de ter em conta a vontade do povo português e os pareceres técnico-científicos, que são, na sua esmagadora maioria, contrários ao Acordo Ortográfico”, afirmou.

Questionado pela Lusa quanto às anteriores actualizações ortográficas do Português, Ivo Miguel Barroso afirmou que em 1911 “houve uma reforma ortográfica, não propriamente um acordo, um tratado internacional, pois o Brasil não aderiu a ele”.

Por outro lado, citando o relatório da comissão que elaborou essa reforma “para fixar as bases da ortografia que deve ser adoptada”, “várias das regras que constavam estavam a ser praticadas por livros e alguns jornais periódicos”.

Para o docente “o que a reforma ortográfica de 1911 fez foi codificar e sistematizar essas regras, que eram consensuais; diversamente do que sucede com o Acordo Ortográfico de 1990”.

O Brasil com esta reforma não se aproximou da grafia europeia porque não ratificou qualquer tratado e, sendo assim, “a reforma de 1911 só serviu para afastar mais a ortografia portuguesa da brasileira, que continuou a ser a do século XIX, embora a intenção não tivesse sido essa”.

Ivo Miguel Barroso recordou que “houve um Acordo Ortográfico, em 1945, que o Brasil ratificou, mas que não aplicou, e, posteriormente, uma mini reforma ortográfica em 1973”. “Esta foi a única em que houve convergência”, sublinhou.

Na opinião do docente de Direito “quer a reforma ortográfica de 1911 quer o Acordo Ortográfico de 1945 foram bem feitos, com linguistas de várias especialidades e tendo em conta que a língua é dinâmica, mas tendo a história da língua portuguesa de ser respeitada”.

Segundo Barroso, o actual Acordo Ortográfico é “essencialmente uma imposição, não uma codificação de normas costumeiras, que extravasa o contrato social que a Constituição é, daí defender que, não só é inconstitucional, mas também que a ortografia da Constituição não pode ser revista segundo o Acordo”, sentenciou.

Ivo Miguel Barroso aponta baterias ao catedrático Malaca Casteleiro, que considera o grande responsável do acordo linguístico assinado em S. Tomé e Príncipe.
“O Acordo foi elaborado por um especialista de uma única vertente - a dos estudos brasileiros -, Malaca Casteleiro”, afirmou Barroso que acrescentou: “Por outro lado, o Acordo Ortográfico encontra-se mal redigido, com contradições várias, designadamente, tanto escreve ‘respectivo’ como ‘respetivo’, que é uma facultatividade - pode escrever-se das duas formas, segundo o Acordo -, mas deveria ter ficado assinalado com uma barra e escrita da mesma palavra sem a consoante muda”.O docente apresentou ainda os diferentes exemplos de palavras que podem ter dupla grafia como “facto/fato”, enquanto “o conversor Lince e os corretores ortográficos ‘legislaram’ em vez do legislador, fazendo uma interpretação autêntica, não deixando o utilizador da língua escolher entre as várias formas”. “Isso configura uma violação do próprio Acordo Ortográfico”, atesta Ivo Miguel Barroso.

Para o docente “há várias regras manifestamente improcedentes, como a de os meses e estações do ano passarem a ter ser escritos, obrigatoriamente, com minúscula inicial”.

Não podemos ficar indiferentes


"Atenas mergulha no caos com cortes no salário mínimo e nas pensões"








Ao que chegámos.

Quem diria que no berço da Democracia nos tempos actuais iríamos assistir ao verdadeiro "Demo Kratos", o Poder do Povo, nas ruas? O Caos.

E, quem tem razão? Os políticos que se ocupam de gerir as dívidas do país? Ou os cidadãos a quem cada vez mais cortam os meios de subsistência? Ambos.

Já imaginaram qual o futuro da Europa num mundo "globalizado"? Quem manda? A política Portuguesa, Francesa, Alemã? Não. Os decisores económicos.  Quem tem, pode. Foi aquilo ao que durante décadas nos habituámos - pelos vistos tanto por cá com na Grécia. E hoje em teoria já não podemos.

E agora? Vamos ter de assistir ao desenrolar desta novela Europeia de fraca qualidade, porque não temos outro canal. Foi tudo privatizado e vendido a decisores económicos sem interesse pelas "Conquistas Clássicas do Velho Continente" - os direitos à igualdade, à Justiça, ao apoio Social e a tantas outras pequenas coisas que nos estão a retirar... até o 5 de Outubro... em nome do crescimento Económico... que não irá acontecer porque a única vontade política é a de assegurar que haja "contratos" que sejam celebrados e "cargos" que não se extingam. Mas isso deve ser válido, tanto na Grécia como por cá. A única diferença é que "por cá", puseram uma venda nos olhos da Justiça e ela não consegue ver as barbaridades que andamos todos a pagar sem saber justamente em nome de quem. O que é certo, é que não podemos ficar indiferentes.

07/02/2012

Pedro Passos Coelho, piegas? Podes crer!

"O primeiro-ministro está muito mal informado sobre o que são os portugueses"

ECONOMIA
Henrique Neto
07 Fevereiro 2012 | 13:04    RitaFaria - afaria@negocios.pt
"Talvez os políticos sejam piegas, mas não os portugueses e muito menos os empresários que têm sobrevivido", diz o presidente da Iberomoldes.
Instado a comentar as declarações de ontem de Passos Coelho, que sugerem que os portugueses têm de ser mais exigentes e menos piegas, Henrique Neto disse hoje que “tenderia a aceitar a primeira parte – que os portugueses devem ser muito mais exigentes, nomeadamente com os Governos”. 

Mas o empresário diz que “não estou a ver onde o primeiro-ministro foi arranjar a ideia de que os portugueses são piegas”. “Talvez os políticos sejam piegas, mas não os portugueses e muito menos os empresários que têm sobrevivido”.

“Os portugueses têm demonstrado grande capacidade de sobrevivência e resistência e isso não se consegue com pieguices. O primeiro-ministro está muito mal informado sobre o que são os portugueses”, acrescentou, em declarações à margem da conferência “Competitividade das Empresas e do Estado”, promovida pelo Negócios e pela Accenture.






























in: www.jornaldenegocios.pt

06/02/2012

Finalmente, eles começam a aparecer!

Comunicado de Imprensa - Estudo revela inutilidade do Acordo Ortográfico
  Se o Acordo não serve, a quem serve o Acordo?

Esta é a pergunta fundamental que se coloca após analisar-se o estudo comparativo, promovido pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros – APEL, sobre uma eventual aplicação do Acordo Ortográfico em Portugal.

O estudo assenta numa análise comparativa das versões portuguesa e brasileira de determinadas obras, através de amostras aleatórias, à luz do Acordo Ortográfico. Os livros escolhidos são sucessos de vendas nas respectivas áreas, a saber:

·  Freakonomics, de Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner, editado em Portugal pela Editorial Presença e no Brasil pela Editora Campus;
·  Diário de um Mago, de Paulo Coelho, editado em Portugal pela Editora Pergaminho e no Brasil pela Planeta;
·   Harry Potter e os Talismãs da Morte, de J. K. Rowling, editado em Portugal pela Editorial Presença e no Brasil pela Editora Rocco (com o título Harry Potter e as Relíquias da Morte).

Identificadas as alterações em Portugal e no Brasil, os aspectos facultativos e os casos de dupla grafia, torna-se gritante a manutenção das diferenças frásicas e vocabulares e ordem dos elementos entre as variantes do Português de Portugal e do Brasil, situações estas a que o Acordo Ortográfico não responde.

Através deste estudo percebe-se que muito pouco vai mudar, o que deita por terra aquele que tem sido o principal argumento apontado na defesa do Acordo Ortográfico: ao contrário do que é dito pelos seus defensores, não se afigura a aproximação das diversas variantes do Português, mas sim a consagração das diferenças naquilo que é fundamental – a sintaxe, a semântica e o vocabulário – com clara vantagem para a variante do Brasil.

De caminho, outro objectivo será defraudado: o de “globalizar” a Língua Portuguesa. Pelo menos, a que nós conhecemos, pois não haja quaisquer dúvidas que as instituições internacionais, a partir do momento em que Portugal ceder às intenções do Brasil, não hesitarão em ter como referência o Português daquele país.

Assim, com base neste estudo que agora se torna público, a APEL convida todos os agentes políticos, culturais e educativos a reflectirem com profundidade sobre este assunto. Ainda não é tarde demais para se evitar uma catástrofe, pois, certamente, o Acordo Ortográfico não serve a Portugal.


A DIRECÇÃO

05/02/2012

O que toda a gente sabe...



O presidente do Observatório de Economia e Gestão de Fraude (OBEGEF) considera que quem pratica uma fraude tem "maior probabilidade de ser bem tratado" do que quem comete "um crime de rua".
Segundo Carlos Pimenta, "grande parte da fraude é cometida por pessoas de elevado estatuto social" (crimes de colarinho branco) e "as razões para essa diferença de tratamento são imensas", sendo "uma consequência de se viver numa sociedade dirigida e organizada pelos ricos e para os ricos".
"O centro do poder está na riqueza e não nos votos, particularmente quando temos um Estado-mercado, um Estado que se comporta como o mercado e que se subordina a este", adiantou o especialista à agência Lusa."

02/02/2012

Queixa contra Acordo Ortográfico na Provedoria de Justiça


2 de Fevereiro, 2012por Margarida Davim
A Provedoria de Justiça está a analisar uma queixa que pretende travar o Acordo Ortográfico (AO). Trata-se de um pedido de revisão da constitucionalidade do Acordo, feito por Ivo Miguel Barroso, professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que garante que as novas regras de escrita são inconstitucionais. 
Ao mesmo tempo, um grupo de cidadãos está a recolher assinaturas para entregar na Assembleia da República e tentar travar o Acordo e vários escritores como Miguel Sousa Tavares e Vasco Graça Moura recusam escrever com a nova grafia. E há até pais que estão a pedir às escolas para que os filhos não aprendam as novas regras (leia aqui).
«A nossa Constituição é rígida», explica Ivo Barroso, sublinhando que «nenhum tratado internacional – como o Acordo Ortográfico – ou recomendação da Assembleia da República podem mudar o que está na lei fundamental do país».
Ou seja, não é por haver um acordo entre os países de Língua Portuguesa que se pode mudar a ortografia que foi usada para escrever a Constituição. Mas esta não é, segundo o especialista, a única inconstitucionalidade do AO.
«Há uma violação grave da identidade nacional e estão em causa direitos fundamentais como o direito à Língua».
Ivo Miguel Barroso defende que «a Língua não se muda por decreto». Lembra que no passado houve «reformas ortográficas», mas nota que «nunca as alterações foram tão profundas como se propõe agora».
Contactada pelo SOL, a Provedoria de Justiça adianta apenas que a queixa «está a ser analisada».
Acordo não está em vigor
Mas esta não é uma tentativa isolada para travar a aplicação das novas regras ortográficas. O tradutor João Roque Dias tem usado a internet para divulgar o que considera serem as «aberrações» do AO. E assegura que não há nada que obrigue a usar a nova ortografia, porque «o Acordo não está em vigor».
Argumentos jurídicos não lhe faltam. «Não há nada que revogue o decreto-lei de 1945, que define as regras da ortografia que usamos», explica lembrando que a legislação nacional que suporta o AO resume-se a uma resolução da Assembleia da República de 2008 e a uma resolução do Conselho de Ministros de 2011 – que obriga todos os documentos oficiais a usar o ‘novo’ Português a partir de 1 de Janeiro de 2012 –, «que juridicamente estão abaixo do decreto-lei e não o podem revogar».
António Emiliano, professor de Linguística da Universidade Nova de Lisboa, é da mesma opinião e lembra que até a forma como o Acordo foi feito na CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) é questionável.
«Foi definido que se três países aceitassem o Acordo – neste caso Brasil, São Tomé e Cabo Verde – passaria a estar em vigor, quando a regra na CPLP é a aprovação por unanimidade».
Emiliano acredita, aliás, que a oposição de Angola e Moçambique – que não ratificaram o tratado – pode travar a nova ortografia.
«Angola pode ter um papel determinante», diz. O linguista critica ainda o facto de não haver qualquer estudo sobre os impactos das alterações introduzidas pela nova ortografia e alerta para as consequências económicas:
«Ninguém sabe ao certo quanto será preciso gastar para adaptar ao Acordo os documentos oficiais e livros».
António Emiliano alerta, aliás, para o facto de a nova escrita mudar para sempre a forma como se pronunciam as palavras.
«Na maior parte dos casos, as consoantes mudas servem para abrir as vogais», esclarece, dando um exemplo: «Podemos deixar de dizer ‘telespéctadores’ para passar a ler ‘telespêtadores’».
E há ainda as confusões geradas pelo facto de se deixarem de escrever todas as consoantes que não se lêem sem ter em atenção as palavras que derivam umas das outras.
«Há dias, a minha enteada de 15 anos não conseguia perceber a palavra ‘aspetual’ porque não viu que tinha relação com a palavra ‘aspecto’».
Razões suficientes para Emiliano considerar que o Acordo «é anti-linguístico e não tem respeito pelas regras da etimologia [a evolução das palavras]».
margarida.davim@sol.pt

via SOL