10/12/2012

A propósito do "adiamento" da aplicação do AO no Brasil


por Ivo Miguel Barroso a Sábado, 8 de Dezembro de 2012 às 23:45 ·


1. Quanto ao Brasil

O adiamento de aplicação do AO no Brasil dever-se-á a pressões da sociedade civil, designadamente do Movimento "Acordar melhor", do Prof. Ernani Pimentel. Este Professor intentou uma acção judicial ("acção popular") contra o "Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa" (VOLP, 5.ª ed., de 2009), feito pela Academia Brasileira de Letras, devido a este "Vocabulário" violar ostensivamente várias normas do AO.

Como se refere na petição inicial, essa acção popular foi intentada “em razão de dano expressivo ao patrimônio cultural brasileiro por via de ilegalidades na execução do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa,  na medida em que impuseram alterações ortográficas unilateralmente concebidas pela Academia Brasileira de Letras, ora extrapolando ora contrariando pontos acordados com os demais países signatários do Acordo de 1990, e sem que  tais alterações tenham sido submetidas à aprovação do Congresso Nacional, contrariando assim o artigo 2º do Decreto nº 6.584, de 29 de Setembro de 2008”.
O VOLP desrespeita e altera o conteúdo original do AO:

i) Por exemplo, no uso dos prefixos 'a', 'an', 'co', 're', 'pré', 'pró', que não está no Acordo, mas está no VOLP (um exemplo: “co-herdeiro”, definido desta forma no AO, foi alterado para "coerdeiro", com a justificação de “o prefixo "co" não pertencer ao grupo maioritário de prefixos que recebem hífen diante da vogal idêntica à sua vogal final e do "h"”);
ii) Na eliminação de várias reticências que o Acordo tem e o VOLP elimina. Na inclusão dos conceitos de produtos afins numa regra das espécies bio-sociológicas (F), que, no Acordo, não tem, e, no VOLP, tem (Professor ERNANI PIMENTEL) (para mais desenvolvimentos, cfr.http://blogue.priberam.pt/2009/09/do-acordo-ortografico-e-da-academia.html?spref=fb).

A agenda do Movimento "Acordar Melhor" pretende transformar a ortografia do "português" numa escrita puramente fonética, sem (quase) nenhum respeito pela etimologia das palavras, na linha já iniciada pelo Brasil há muito tempo. 

2. O português do Brasil e o português de Portugal

O português do Brasil cede muito menos no AO do que o português europeu.
Ironia das ironias, é o Estado brasileiro - e não o português - que, agora, recua na aplicação do Acordo Ortográfico.

Em gíria comum, isto é uma "pantufada" nos acólitos acordistas portugueses. O Brasil, afinal, é que "adia" o AO, quando tem muito menos a ceder em termos linguísticos.
Parece que já só existe um país obscuro que se mantém fiel aos invertebrados do Acordo...

O Brasil, mesmo perdendo muito pouco, não quer que a sua identidade linguístico-cultural seja minimamente beliscada.
Os nossos governantes (o Governo anterior; os Deputados da legislatura de 2005-2009, que, vergonhosamente, votaram o 2.º Protocolo adicional ao AO, em 2008, com o beneplácito do Presidente da República; o Governo entre 2009 e 2011, que emitiu a Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011; e o actual Governo, que continuou a aplicar essa Resolução) venderam a nossa herança cultural, a troco de "El Dorados" e pensando levianamente que, com o AO, haveria negócios chorudos.
Isto lembra a história de alguém que está disposto a tudo para vender a sua alma ao diabo. Só que nem ao próprio diabo certas almas interessam...

O comportamento de subserviência da generalidade dos políticos portugueses é um reflexo da falta de dignidade e de respeito pela cultura da variante do nossa variante do português europeu; e da ampla crise moral que grassa nas esferas políticas. 

As alegadas vantagens económicas e políticas que estão, de resto, por provar, tendo em conta o seguinte: 
i) As "facultatividades" do AO não unificam a língua, nem sequer parte da língua - a ortografia -; antes aumentam a diversidade (o próprio Preâmbulo do AO reconhece expressamente que a unificação ortográfica não é possível na sua plenitude);
ii) Outras componentes da língua, como o léxico (exemplo: “pastelaria” / “lanchonete”), a sintaxe (exemplo: 2.ª pessoa do singular: “tu”; ao passo que, no Brasil, se utiliza o “você”, conjugado com a 3.ª pessoa do singular) e a semântica (exemplo: “putos”, “rapariga”, palavras idênticas que têm conotações completamente díspares), mantêm-se inalteradas e, por conseguinte, diferentes. 

Nunca se deve abdicar do nosso património cultural imaterial, que é o da língua portuguesa e, em especial, do português europeu.

Com efeito, desde a génese do AO, ao desprezo consciente de todos os pareceres qualificados por parte do poder político, ao malfadado processo de implementação em Portugal, à desastrada aplicação das novas regras em Portugal a todos os níveis (governo, Diário da República, Universidades, escolas, órgãos de comunicação social, etc.), tudo se combina para demonstrar que qualquer tentativa de acordo entre as ortografias portuguesa e brasileira, face à divergência histórica das duas variantes da língua será uma tarefa votada ao fracasso.
Basta recordar alguns factos:
i) Em 1919, o Brasil enjeitou a ortografia da Reforma de 1911; 
ii) O primeiro Acordo Ortográfico entre Portugal e Brasil, de 1931 (elaborado pela Academia Brasileira de Letras e aprovado pela Academia das Ciências de Lisboa), acabou por ser revogado em 1934, durante o Governo de GETÚLIO VARGAS; não tendo, pois, produzido o efeito da almejada unificação;
iii) A Convenção de 1943 deparou-se com parcos resultados práticos, devido às divergências que persistiram nos “Vocabulários” entretanto publicados pela Academia Brasileira de Letras, em 1940, e pela Academia das Ciências, em 1943 (“o Formulário Ortográfico de 1943”);
iv) O Governo do Brasil aprovou a Convenção Luso-Brasileira de 1945, através do Decreto-Lei 8.286, de 5 de Dezembro de 1945. Todavia, a Convenção não foi ratificada pelo Congresso Nacional. Por fim, ao fim de 10 anos, até 1955, o Decreto-Lei foi revogado, tendo-se o Brasil desvinculado unilateralmente. 

Agora, é novamente o Brasil que se prepara para recuar.

Está provado que as reformas ortográficas aludidas nunca surtiram efeitos no Brasil e que, consequentemente, as reformas ortográficas legiferadas só contribuíram para afastar, ainda mais, o português europeu relativamente ao português do Brasil;
Essas reformas só foram adoptadas por Portugal, quando tinha o Império Colonial, a custo.
Ou seja, essas reformas nunca foram aplicadas no Brasil, mas apenas no português europeu, devido à imposição do Estado, na Metrópole e nas então Colónias.
Nós, portugueses, não aprendemos nada com a História?


3. Não obstante as deficiências e clamorosas científicas do AO, os governantes tentaram impô-lo a todo o custo aos portugueses

O AO tem uma total falta de bases científicas credíveis, em termos linguísticos.

O Acordo Ortográfico é puramente político, não se baseia na ciência linguística, nem em pareceres técnicos.
Pelo contrário, os pareceres pedidos a especialistas, quer antes da ratificação, em 1990, quer em 2005-2008, aquando da ratificação do 2.º Protocolo adicional, foram todos contrários ao AO. Não houve um único parecer favorável (com excepção da "Nota Explicativa" (Anexo II do AO, o único "estudo conhecido sobre o impacto do AO, e do parecer de Malaca Casteleiro, assinado em 2005, em nome a Academia de Ciências de Lisboa, em causa própria, pois foi um dos autores materiais do AO...). 
Entre os pareceres negativos, contam-se os emitidos por várias instituições, como a Comissão Nacional da Língua Portuguesa, o Departamento de Linguística Geral e Românica da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, a Comissão Nacional da Língua Portuguesa, a Direcção-Geral do Ensino Básico e Secundário, a Associação Portuguesa de Linguística e a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros.
Os pareceres dos Professores ÓSCAR LOPES, VÍTOR AGUIAR E SILVA, de 20 especialistas da Universidade de Lisboa e da Associação Portuguesa de Linguistas foram “arrasadores".
Não houve um único linguista ou instituição que tivesse dado um parecer favorável ao Acordo Ortográfico. 
O AO não assenta em nenhum consenso científico: não houve nenhuma discussão: não há actas publicadas de encontros científicos (colóquios promovidos pelo Estado ou pela Academia das Ciências de Lisboa; não se conhecem quaisquer relatórios elaborados e publicados pela Academia ou por qualquer dos negociadores portugueses dos Acordos Ortográficos de 1986 e 1990 (A. Emiliano). 

Ora, o artigo 43.º, n.º 2, da Constituição proíbe o dirigismo estadual da cultura e da educação; pelo que o AO e a Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011 é clamorosamente inconstitucional. 

O AO terá extensionalmente um impacto tremendo, que ninguém se deu ao trabalho de prever, avaliar, explicar (Prof. António Emiliano).
Ora, não é possível que uma reforma empreendida pelo Estado, de alcance muito lato, não seja acompanhado de estudos minuciosos sobre o impacto do AO (designadamente sobre as terminologias médicas; veja-se, por exemplo, a confusão entre "óptico" - relativo ao olho - e "ótico" - relativo ao ouvido, no caso de "óPtico" perder a consoante; o que se repercute nas palavras conexas, ordenadas por famílias).

4. O "Lince" e o "Vocabulário Ortográfico Português" violam o próprio AO 

Sendo baseado no princípio fonético, várias das normas do AO são de quase impossível aplicação prática. 
O “Lince” e os correctores ortográficos, na esteira do AO, obrigam a um exercício grosseiro, de a pessoa ter de pronunciar a palavra, para saber se não pronuncia ou se, pelo contrário, pronuncia invariavelmente a consoante “c” ou “p”.
Ora, a pronúncia varia de pessoa para pessoa (é contingencial), de região para região e de país para país. Teremos de averiguar o modo como uma palavra é pronunciada no Brasil ou noutros Estados de língua portuguesa, para sabermos como haveremos de grafar uma palavra?
Isso afigura-se inconstitucional, por ser violador do princípio da independência nacional.

A Nota Explicativa do AO remete o alcance geográfico da dupla grafia (Base IV, n.º 1, alíneas c) e d), e n.º 2) para “[o]s dicionários da língua portuguesa”; estes dicionários, “que passarão a registar as duas formas em todos os casos de dupla grafia, esclarecerão, tanto quanto possível, sobre o alcance geográfico e social desta oscilação de pronúncia” (Anexo II do AO, 4.4).
Regista-se aqui uma óbvia violação do artigo 112.º, n.º 5, 2.ª parte, da CRP. 

Existem contradições entre o "Lince" e o "Vocabulário Ortográfico Português" (elaborados pelo ILTEC, e, pelo menos, análogos a regulamentos administrativos) com normas do AO; ou seja, uma contradição com um tratado internacional (ilegalidade "sui generis").
Por outro lado, existe inconstitucionalidade, devido a instrumento similar a um regulamento interpretar autenticamente uma norma do AO, violando o artigo 112.º, n.º 5, 2.ª parte, da Constituição.

Basta fazer o exercício de confrontar os preceitos do AO com a acção do "Lince", para verificar que ocorrem vários erros:
Na Base IV, n.º 1, alínea c), o Lince não deixa escolher entre as facultatividades elencadas na enumeração exemplificativa: formas correctas segundo o AO são, pura e simplesmente, suprimidas, eliminando a consoante “c”:
“aspecto” é convertido para “aspeto”; “cacto” para “cato”; “caracteres” para “carateres”; “sector” para “setor”; “concepção” para “conceção”; “recepção” para “receção”. 
Ora, todas estas expressões são "facultatividades", segundo letra expressa da Base IV, n.º 1, alínea c), do AO. Por isso, a ortografia desses vocábulos nunca poderia ser alterada.
Mas há mais: casos existem em que, em rigor, cabem numa zona de transição; ou seja, deveriam ser subsumidos na Base IV, n.º 1, alínea c). Por exemplo, nas palavras "céPtico" ou “espeCtador” ou até mesmo "Egito" -, a consoante "c", alegadamente "muda", tanto pode ser pronunciada, como não pronunciada.
Ora, o "Lince" e os correctores, em lugar de subsumirem esses vocábulos na Base IV, n. 1, al. c), do AO, pura e simplesmente eliminam a consoante.
O que se afigura ser uma violação do próprio Acordo Ortográfico.
Na falência desta Base IV, n.º 1, estão as fragilidades científicas das bases em que o Acordo Ortográfico de 1990 assenta, em particular, o (erradamente) chamado princípio fonético, estando ambos completamente ultrapassados na ciência linguística.


4.1. Um exemplo paradigmático: o conversor “Lince”corrige os nomes dos Autores, ao arrepio da Base XXI, 1.º parágrafo, do AO, que os ressalva, mencionando: “Para ressalva de direitos, cada qual poderá manter a escrita que, por costume ou registo legal, ado[p]te na assinatura do seu nome.
Por exemplo, BaPtista é "corrigido" para "Batista" (sem "p").
Os próprios títulos de obras ou de artigos, grafados em português europeu, em itálico, são "acordizados" (por exemplo, grafando "Actas", é corrigido para "Atas"), em desrespeito à citação original, com violação manifesta de regras elementares de citação e de fidelidade às fontes do conhecimento.

5. O "acordês" aplicado em Portugal divide a ortografia de várias palavras, que, anteriormente, tinham a mesma ortografia em Portugal e no Brasil

Devido à sua falta de cientificidade, o “Lince”, o "Vocabulário Ortográfico Português" e correctores privados retiram certas consoantes em palavras que, em português europeu e em português do Brasil, têm uma ortografia exactamente igual.
Regista-se, pois, mesmo casos em que palavras cuja ortografia era a mesma, em Portugal e no Brasil, com a aplicação do “acordês”, passa a haver duas ortografias distintas: a título de exemplo, a palavra "percepção" não sofre qualquer alteração na norma brasileira, mas passa a “perceção” em Portugal e noutros países que têm a norma lusitana como padrão.
O mesmo sucede com “recepção”: no Brasil, é grafada com “p”; o “Lince” retira o “p”; aliás, ilegalmente, foi se trata expressamente de uma facultatividade (tanto se pode escrever com “p” ou sem “p”), nos termos da Base IV, n.º 1, alínea c)).
Segundo o AO, os brasileiros podem continuar a escrever (como sempre escreveram, segundo o Prontuário ortográfico brasileiro de 1943), por exemplo: acepçãoaspectoconjecturaperspectivaconcepçãodecepçãodetectarexcepcionaltactearretrospectivapercepçãointersectarimperceptívelrespectivorecepçãosusceptíveltácticodireçãocorreto, eletricidadeaspectoperspectivaconcepçãorespectivorecepçãoconjectura, etc.
Em Portugal, com o mesmo tratado internacional, seremos obrigados a escrever: aceçãoaspetoconjeturaperspetivadeceçãodetetarexcecionaltatearretrospetivaperceçãointersetarconceçãoimpercetívelrespetivoreceçãosuscetível, tático.
Ou seja, ironia das ironias, o “Lince” e o "acordês" desfazem a convergência ortográfica que existia, à partida, na ortografia de várias palavras, contribuindo, ao invés, para desunificar a ortografia luso-brasileira.

Há uma extensa lista de palavras que, antes do AO, tinham uma ortografia idêntica em Portugal e no Brasil e, que, com o AO, passam a ter ortografias diferentes. Isso é exactamente o contrário do (alegado) objectivo de "unificação ortográfica". 

6. Os correctores ortográficos privados em "acordês" não coincidem quanto à ortografia de várias palavras

Os correctores ortográficos privados existentes também contêm discrepâncias entre si. Isto porque é muito difícil aplicar o referido "princípio fonético"

7. Conclusão:

O prestígio internacional de uma língua “não se faz nem por facilitações ortográficas bebidas em critérios fonéticos em detrimento de critérios etimológicos nem por unificações ortográficas estabelecidas por decreto, como as línguas inglesa ou francesa abundantemente revelam, mas sim pelos conteúdos que for capaz de veicular (através da literatura, da música, enfim da cultura)” (ISABEL PIRES DE LIMA).

O futuro e o progresso de Portugal, enquanto país europeu desenvolvido, passam pela qualificação técnica, pela existência de um padrão de excelência na investigação científica (ANTÓNIO EMILIANO).

Como cidadão, espero, patriótica e sinceramente, que os governantes portugueses reflictam seriamente sobre o enorme disparate que é, o de mandar aplicar o AO e/ou o "acordês" (pois ficou demonstrado que não são coincidentes).

8 de Dezembro de 2012
Ivo Miguel Barroso



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Eis as palavras que o "Vocabulário Ortográfico Português" acordiza, mudando a ortografia, de molde a que essas palavras - antes, com ortografia igual - ficam com ortografia diferente, em Portugal e no Brasil (lista elaborada por ANTÓNIO DE MACEDO):

Exemplos destas palavras que, antes do AO, tinham a mesma ortografia (ou seja, eram grafadas da mesma maneira em Portugal e no Brasil) e que, com a aplicação do critério da pronúncia, constante do AO, passam a ser palavras com ortografia diferente: ou seja, na versão brasileira, mantêm a mesma grafia; ao passo que, em Portugal perdem o “c” ou o “p”, considerados “mudos”, ficando violentamente desfiguradas na aplicação do AO ao português europeu, são os seguintes (a lista é da autoria do Professor universitário e ex-cineasta ANTÓNIO DE MACEDO, A falsa uniformização, gentilmente cedida pelo Autor, disponível no “site” da ILC-AO):
acepção, aceptor
abjecção, abjeccionista, abjecto
acatalecto
acatéctico
adopcionismo, adoptação
angiectático
anoréctico
anticepticismo
antipráctico
apercepção, aperceptivo
apocalipticismo
aposséptico
arctícola
táctica
asséptico, antisséptico
aurifactório
aspecto, aspectual
correctismo
correctivamente
conspecção
conjectura, conjecturar
confecção, confeccionar
concepção, concepcional, conceptivo, conceptual
contracepção, contraceptivo
coáctil
cinoréctico
cardiorréctico
cacto
detecção
defecção, defectiível, defectivo, defectório, defectuoso
decepção, decepcionar, deceptivo
extractiforme
fotelectrão
flictena
filocacto
heterosséptico
hematosséptico
iridorréctico
intuscepção
interruptor
intercepção, interceptar, interceptador
indetectável
indefectível
imperceptível
multinfecção
miopráctico
metrorréctico
metamorfóptico
metapectina
objectar
olfacção
pseudorréctico
prospecção
preconcepção, preconceptivo
precptivo, preceptor
poliplectro
plasmorréctico
perfectibilista, perfectível, perfectivo
peremptório
percepção, percepcionar, perceptível
perecptivo, percepto, perceptual
penatissecto
paralacticamente
pára-choques (em Portugal passa a ser “para-choques”)
recepção, recepcionar, recepcionista, receptação, receptáculo, receptador, receptar, receptivo,
refectivo
refectório
recolecção
respectivo
radiorreceptor
ruptura
suscepção
subacepção
séptico
táctica
tactear
telerreceptor
teledetecção, teledetectar
telespectador
transceptor.

O exposto revela uma grave contradição teleológica entre o objectivo de (pretensa) uniformização, por parte do “Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa”, por um lado, e os resultados práticos, em múltiplas palavras. É caso para dizer que “a emenda foi muito pior do que o soneto”.
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Texto copiado da página do Facebook de Ivo Miguel Barroso, com os melhores agradecimentos ao autor. 

06/12/2012

Brasil recua na entrada em vigor do acordo ortográfico da língua portuguesa


Brasil recua na entrada em vigor do acordo ortográfico da língua portuguesa


A vigência obrigatória do acordo ortográfico da língua portuguesa, que deveria começar no Brasil no dia 1º de janeiro de 2013, deverá ser adiada, de acordo com declarações do senador Cyro Miranda.

Brasília - A vigência obrigatória do acordo ortográfico da língua portuguesa, que deveria começar no Brasil no dia 1º de janeiro de 2013, deverá ser adiada, de acordo com declarações do senador Cyro Miranda (PSDB).
O acordo, assinado em 2008 por sete países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), e que pretende simplificar as regras ortográficas e aumentar o prestígio da língua no cenário internacional, valeria a partir de 1º de janeiro de 2013 no Brasil. No entanto, de acordo com Cyro Miranda, a presidente da República, Dilma Rousseff,  declarou que vai emitir um decreto adiando a data.
O senador, citado pela Agência Brasil, disse que havia entrado com uma proposta de resolução para o adiamento, mas que a presidente a dispensou, já que o processo de aprovação desse tipo de norma é mais demorado.
Cyro Miranda defende o adiamento do início da vigência para 2018 e a elaboração de outro acordo.
"Além do novo acordo ter sido muito mal feito, os professores ficaram de fora", disse. "Precisamos rever tudo. Temos que descomplicar a língua, se não vai ser só retórica... temos que aprovar um formato com lógica. [O novo acordo] tem tanta exceção que os professores não sabem o que vão ensinar", afirma o senador.
De acordo com Cyro Miranda,  o governo indicou que vai sugerir aos outros países que adiem a vigência do novo acordo para que todos possam fazer uma total reformulação. Ele diz que em Portugal o acordo só vai valer a partir de 31 de dezembro 2015. Em Cabo Verde a vigência do acordo está programada para 2016.

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Deste lado do oceano Atlântico, agradeço à Sra. Presidente Dilma a iniciativa e, para o bem da língua Portuguesa, espero que esse Decreto surja rapidamente. Espero também que em Portugal este tema se possa sobrepor aos traques políticos que poluem a agenda social e se proponha rapidamente uma revogação do actual estatuto do Acordo Ortográfico de 1990.  


05/11/2012

Tom Hanks e as auto-estradas na Alemanha

Tom Hanks descreve a sua passagem pela Alemanha... Muito engraçado.


Infelizmente não existe tradução para Português, mas aqui fica um link de uma página na Wikipedia com informação sobre a cidade de Eisenhüttenstadt, da qual fala Tom Hanks. 

24/10/2012

E os outros, Gasparzinho?

Talvez tenha razão, Gasparzinho.
Claro que nos queixamos, talvez por querermos melhor educação - sem ter de ouvir falar em rankings das privadas; claro que queremos melhor saúde - sem termos de nos render aos seguros privados; claro que queremos melhores estradas - sem termos de suportar as PPP...

Há portugueses que de facto exigem mais do Estado, porque pagam os seus impostos a tempo e na medida que lhe é exigida, independentemente de se verem obrigados a reduzir o seu lucro enquanto empresários ou a abdicar das poupanças ou nas refeições que lhes caem no prato enquanto pessoas singulares. Como eventualmente poderia dizer o seu amigo Passos Coelho, esses são de uma boa "raça" porque pagam os seus compromissos e não podem bufar.

É claro que há também os outros: os grupos económicos que se acomodaram à política e aqueles que vivem à sombra do Orçamento de Estado, incluindo os Ex-ligados à política com pensão vitalícia, passando pelo actuais e acabando na enormidade das Fundações que nos tratam da saúde da carteira. Contudo, não acredito que lhes consiga ir ao bolso, Gasparzinho. Tem de se esforçar mais...



12/10/2012

Os homens não se medem aos palmos

No entanto o Primeiro-Ministro "mede" os Portugueses pela raça:

- a dos que pagam as suas dívidas com o fruto seu trabalho

Foto postada por Nuno Markl através do Facebook 

11/10/2012

O BIN LADEN MORREU

Mas o FMI reconhece que calculou mal o impacto da austeridade na Economia

E agora?

O FMI vai dar trabalho aos portugueses que perderam o emprego? 
O FMI vai ajudar as famílias ? 
O FMI vai ajudar os pequenos empresários em dificuldades?

Eu realmente tenho sérias dúvidas quanto à legalidade dos actos desta instituição. 

Será que se pode apelidar o que fizeram de Terrorismo económico e julgá-los como criminosos comuns? 

09/10/2012

Cortar o rabo ao gato...

Quando este Governo foi eleito, ouvi dizer logo no início que iriam cortar na despesa porque era a única maneira de reduzir o défice (não me perguntem quem o disse, alguém foi e não fui eu). Observo que entre as formas de cortar na despesa procedeu-se ao encerramento de Juntas de Freguesia e de Unidades de Centros de Saúde. No entanto, essas e outras medidas não impediram a criação de novos modelos de impostos que afectam sobretudo quem quem está desempregado ou tem poucos rendimentos e os pequenos e médios empresários (sobretudo os primeiros).  
Com o último discurso do sr. Ministro das Finanças, ficamos a saber que haverá outros cortes na despesa que irão "mitigar" o aumento de impostos. Agora vai cortar onde, senhor ministro?

Em Bom Português

Quando é que a RTP acaba com o espaço "Em Bom Português" que para além de propagar o estropio da língua portuguesa, custa dinheiro aos Portugueses ? Calem-se!

30/09/2012

O terror de qualquer empresário

Não, não vou falar de António Borges, o cassolas incompreendido que é um mestre em teorias mas na prática não sabe nada - ou seja, um potencial licenciado (os licenciados de facto e aqueles que obtiveram equivalência a menos de 32 disciplinas após o ano de 2007/2008 - que me desculpem). Isso seria ser irónico. A realidade é mesmo outra. Neste momento existe uma média de 25 empresas a falir por dia. Apesar de a amostra mais representativa vir da parte das empresas ligadas à construção civil e imobiliário e por vezes ser necessário uma certa cisão para separar o trigo do joio, o que mais me choca é o facto de o pequeno comércio estar a desaparecer. Num país com uma malha urbana tão desigual, estar a retirar poder de empreendimento aos pequenos empresários, é também estar a descer um degrau no nível de bem estar da população. Que não se esqueçam as senhoras e os senhores que já pediram ou estão em vias de pedir a reforma antecipada após dez anos de árduo trabalho que Portugal não se restringe apenas a Lisboa, Porto ou Madeira e que há empresários, mesmo não sendo tão letrados, que tomam um papel activo na nossa sociedade: se por um lado promovem a produção  a fabricação e a troca comercial de bens, por outro suportam o emprego e o bem-estar (por muito precário que sejam) de outras tantas pessoas. Eu gostava de ver Portugal com governantes que soubessem valorizar o que há de melhor nesta terra em vez de fomentarem o terror das falências.



23/08/2012

Coisas dos jornais...

Há lá coisas que os jornais publicam... Três notícias e nenhum espanto:

- Concessionar o canal público a privados e dar-lhes dinheiro para os caramelos durante quinze a vinte e cinco anos.
- Fechar a RTP2
- A venda dos Estaleiros de Viana do Castelo por 30 milhões

1) Vão fazer os Portugueses pagar mais para ver televisão (sem cultura) durante a próxima geração.
2) Vão fechar um verdadeiro "Serviço Público" sob o pretexto que não dá lucro (mas quando é que a cultura deu lucro? Mas é necessária!).
3) Vão vender mais uma empresa que tem sido paga com dinheiro público sob o pretexto de encaixar mais alguns milhões mas nem assim conseguem encher o buraco de uma agulha para tapar o défice das contas do Estado.


Os resultados das medidas até agora tomadas são contraditórios e nada animadores.
É preciso fazer mais do que brincar com os números. 

Desgasta-me ver concidadãos a passar mal. Desgastam-me flagelos sociais como o desemprego, a não-educação, o crime persistente e o crime organizado... Mas entretanto, só tenho visto a equipa governamental a vender bens do Estado e a criar mais impostos.


Sob o pretexto da competitividade, vejo cada vez mais difícil o acesso à saúde, à educação (profissionalizar?), ao consumo, vejo os governantes a dar a mão aos privados ao invés de dar melhores condições aos Portugueses.

Uma coisa é certa, nestes últimos meses ainda não vi a criação de nenhum acto de valor acrescentado que catapulte a nossa economia à escala daquilo que é preciso.



19/08/2012

The Guy Who Wants To Be American

Gostei. Uma ideia original, com bastante fio condutor!
Apesar de numa ou outra altura dar a sensação de repetição do texto, os diversos momentos parecem bem planeados: desde o monólogo, ao diálogo e até à cena em que o Pablo corre à volta do Jardim !
Parabéns aos autores pela ideia !


Gostei do local escolhido... Por falar nisso, vou comprar uns bolos secos ali à porta do "centro de saúde"... ;-) (quem se lembra?)

17/08/2012

A saudade impera
A terra chama a fogueira queima e a lua arde

O que a luz abarca
a memória aclara

Em silêncio lento
beijo-te as mãos 
enquanto seguras  
a ilusão 
quente
a tua presença
e o sentimento 
que nos move
num ritmo lento
encosto a sombra 
do teu peito à minha boca 
e deixo-me levar 
nessa corrente
que me abandona
sem me deixar...


Porque o Fado nos está na Alma 73



15/08/2012

O Cartoon do Dia





Outro Primeiro-Ministro e mais uma declaração de que a crise agora acaba em 2013

Já referi anteriormente que a crise em Portugal, não é financeira, mas de valores. Há anos que os Portugueses apertam o cinto e andam de tanga à procura de uma saída para a crise... e agora a resposta é a emigração...

Hoje os Portugueses que emigram, fazem-no porque os governantes dos últimos vinte anos (sim, continuam a ser os mesmos - renovação na continuidade) nunca quiseram saber do futuro de Portugal daqui a 20, 30 e 50 anos. 

Sim, mas os Portugueses que cá ficarem, que fiquem descansados porque temos submarinos e se isto for ao fundo, já se sabe: mulheres e idosos primeiro! Claro, dantes, a frase conhecida era "mulheres e crianças" mas infelizmente, se os jovens partem, a tendência é para que deixe de haver crianças neste país... E a confirmar-se, não haverá quem daqui a algumas décadas esteja cá para pagar a crise que os actuais actores políticos estão a financiar com dinheiros públicos.

Querem a verdade? Nada disto preocupa sr. Coelho, Portas e Cia.



On the road

E, num dia, de regresso a Brasília!

Uma cerveja gelada!










E excelente comida! Desta vez, Carne-de-Sol Nordestina... estava excelente!



09/08/2012

Um pouco de humor...

A professora chega à sala de aula e diz:

"- Têm duas horas para fazer uma redacção. Quem terminar, pode sair.
A redacção deverá abordar seis temas:

1º. Sexo
2º. Presidência da República
3º. Religião
4º. Mistério
5°. Coragem
6°. Bom humor

E pronto, podem começar..."

O Joãozinho, como sempre, foi o primeiro a entregar (em menos de 1 minuto). A sua redacção dizia:

COMERAM A DILMA. MEU DEUS!!! QUEM FOI ???

07/08/2012

Titânico

Há um verso que me dói
pese embora a vitória...
Perdi batalhas 
e ganhei na História.

Nos sopros ergui muralhas
senti as chamas, os disparos
E nas ondas os reparos.

Fiquei plo caminho, no entanto,
nadei um oceano...



Porque o Fado nos Está na Alma 72

Isto é para apagar as luzes, fechar os olhos e ouvir....

O Cartoon do Dia

Apesar de o assunto já estar gasto, este é mesmo engraçado...


26/07/2012

Negócios à Port[ugue]sa...

 Vê-de, Senhores, tudo o que o vosso olhar alcança, foi pago com o Vosso dinheiro...


São estas coisas que acontecem nos países do terceiro mundo enquanto se fala do escalracho... e assim ninguém se lembra mais das feiras.  

O remédio é outro....

Enquanto se vão aniquilando os direitos de quem trabalha e ganha o dinheiro que sustem o país... o remédio é outro... é mais E-605 Forte... PRrecisa-se de outro rumo para o País..

22/07/2012

Porque o Fado nos Está na Alma 71

Este tema trás à memória algumas memórias... boas! E esta versão ao vivo é excelente!   

Porque as férias não duram tanto quanto desejaríamos, conheço alguém que amanhã terá de se levantar mais cedo... Para vocês, uma excelente semana!

10/07/2012

Pffffffffff...

Cheira mesmo mal.... Falar de Relvas... 
No entanto, há duas coisas que me espantam: por um lado, a falta de sentido ético do ministro que vê a sua reputação posta em causa mas que continua a insistir em ter razão e, por tanto, em não se demitir. Por outro lado a continuidade das notícias em torno desse político. Sim, eu gosto e quero que a verdade seja conhecida mas... até deixa a entender que o intuito "é mesmo" atirar o homem aos tubarões com uma pedra de cem quilos atada à cintura e deixá-lo afundar, para desviar as atenções... pronto, ok, mais uma teoria da conspiração... mas não deixa de cheirar mal... 

05/07/2012

Sem rei, nem roque...

Protegido por uma força desconhecida, qual Luke Skywalker... o super ministro das Relvas continua em altas guerras nas estrelas...

Esqueçam a Pseudo-Licenciatura. Aparentemente qualquer burro carregado de livros (e experiência ministerial em doses individuais) passa a doutor num ápice (é só misturar água a ferver)... Isso não parece ser crime para prisão, nem para se afastar de funções, nem para ganhar vergonha na cara.... 

Indesculpável, porém, é a questão da pressão sobre jornalistas do Público que continua sem estar claramente esclarecida. Felizmente,continua ainda a ser noticiada.  

Neste momento a atenção centra-se na Entidade Reguladora para a Comunicação Social, entidade responsável pela elaboração do relatório que ilibou a acção do ministro. 

Carlos Magno, presidente desta instituição, oferece o corpo às balas chamando a responsabilidade para si: A expressão de que tinha havido uma pressão inaceitável não está no final da deliberação e o erro é meu. Eu estava absolutamente convencido de que a expressão estava lá.”  Pois é, é aquilo que se chama uma expressão móvel, num momento estava ali, paradinha e, no momento seguinte, afinal já não estava lá... vá-se lá entender...

Só que o que está escrito, escrito está e é esse relatório que iliba Relvas o que conta: "Mas o resultado final, apesar de não ter a referência à classificação da pressão como inaceitável, agrada a Carlos Magno: “Tenho orgulho nele; tem contradições e paradoxos, mas saber gerir paradoxos é a arte da vida.”" independentemente da sua opinião pessoal que serve de desculpa ao erro mas que vale aquilo que vale....  ""A culpa não é dos serviços, reiterou Magno, “mas não significa que a expressão não seja a síntese” do caso. “Desde o princípio a minha tese foi a da directora e do advogado do PÚBLICO: acho a pressão inaceitável”, garantiu o presidente aos deputados.

Muito interessante é também o facto de só agora vir à tona que até membros da ERC foram alvo de pressões para que " a deliberação sobre o caso Relvas/Público "tivesse um determinado resultado"."

De acordo como o que noticia o EXresso (desculpem caiu-me o "p" caiu por causa do acordo ortográfico) a ex-jornalista e actual membro da ERC Raquel Alexandra foi também "vítima de chantagens e de ameaças".  

Isto é muito grave num Estado de Direito Democrático. Parece existir uma vontade em ocultar a verdade de forma deliberada mas todos assobiam para o lado... 

"Quando a deputada do PS Inês Medeiros pediu mais esclarecimentos sobre as "ameaças e chantagens", o presidente da ERC, Carlos Magno, chamou a si a palavra, dizendo que respondia "a isso". 



lamaçal pode ser mais fundo, mas aparentemente é preciso ter pé (ou raízes) para manter a cabeça fora de água...

04/07/2012

A história do Rock'n'Roll em 100 Riffs

Em pouco mais de 12 minutos, Alex Chaldwick percorre 100 músicas que marcaram a história do Rock'n'Roll. Muito bom!

Desacordo Ortográfico

 Este texto não é meu. Foi copiado d'aqui mas está muito bem elaborado. Por isso partilho e peço que partilhem. Obrigado.

"Já não é só o Centro Cultural de Belém -- instituição de direito privado, sem tutela pública. Ou Serralves. Ou a Casa da Música. Já não são só a generalidade dos jornais que o ignoram -- Correio da ManhãJornal de NotíciasPúblicoi,Diário EconómicoJornal de Negócios, além da revista Sábado.
Já não só os angolanos que se demarcam, ou os moçambicanos. Ou até osmacaenses. Sem excluir os próprios brasileiros.

Por cá também já se perdeu de vez o respeitinho pelo Acordo Ortográfico. Todos os dias surge a confirmação de que não existe o consenso social mínimo em torno deste assunto.
São os principais colunistas e opinadores da imprensa portuguesa. Pessoas como Anselmo Borges, António-Pedro Vasconcelos, Baptista-Bastos, Frei Bento Domingues, Eduardo Dâmaso, Helena Garrido, Inês Pedrosa, Jaime Nogueira Pinto, João Miguel Tavares, João Paulo Guerra, João Pereira Coutinho, Joel Neto, José Cutileiro, José Pacheco Pereira, Luís Filipe Borges, Manuel António Pina, Manuel S. Fonseca, Maria Filomena Mónica, Miguel Esteves Cardoso, Miguel Sousa Tavares, Nuno Rogeiro, Pedro Lomba, Pedro Mexia, Pedro Santos Guerreiro, Ricardo Araújo Pereira, Vasco Pulido Valente e VicenteJorge Silva.
É o ex-líder socialista, Francisco Assis, que se pronuncia sem complexos contra este «notório empobrecimento da língua portuguesa».
É o encenador Ricardo Pais, sem papas na língua.
É José Gil, um dos mais prestigiados pensadores portugueses, a classificá-lo, com toda a propriedade, de «néscio e grosseiro».
É a Faculdade de Letras de Lisboa que recusa igualmente impor o acordo. Que só gera desacordo.
Um acordo que pretende fixar norma contra a etimologia, ao contrário do que sucede com a esmagadora maioria das línguas cultas. Um acordo que pretende unificar a ortografia, tornando-a afinal ainda mais díspar e confusa. Um acordo que pretende congregar mas que só divide. Um acordo que está condenado a tornar-se letra morta -- no todo ou em parte. Depende apenas de cada um de nós.
Passe para todos os seus contactos
É preciso evitarmos ser destruídos por intelectualóides ignorantes e arrogantes que procuram a celebridade com palhaçadas à custa daquilo que Portugal tem de melhor. E os políticos com medo de os chamarem ignorantes (que são) alinham com qualquer fantasia que seja apresentada com ares de inteligência. COITADOS!!!"