04/05/2013

Cozinha à portuguesa.


São cada vez mais as vozes que concordam com a impossibilidade de o Estado Português amortizar a dívida pública nas condições actuais da nossa economia.  

Apesar do que tem dito a imprensa, não parece que tenha faltado dinheiro aos bancos e tanto quanto se tem visto o Estado assumiu mais compromissos em relação à Banca privada do que deveria.

Afinal porque é que o Governo tem seguido um rumo de destruição e rasia?  Quando foi eleito, Passos prometeu cortar onde era preciso, nas “gorduras do Estado” mas o percurso deste Governo mostra que têm vindo a cortar exactamente no local errado - em vez de perder a celulite, a nossa economia tem perdido músculos.

O desígnio de Passos Coelho desde o início do seu mandato foi aparentemente apenas o de privatizar o Estado Português em nome das dívidas do país. Ou seja, expropriar o Estado Português dos seus activos e abrir as portas aos interesses privados.  

Do ponto de vista troikiano, há um mal que todos sabem existir mas ninguém lhe quer mexer: a corrupção.  
Só que em Portugal não existe corrupção. Sim, parece ter-se dado um caso único em que recentemente um político foi preso, mas tirando isso, já não há. O que pode haver são influências externas que levem determinados factos a acontecer...

Segundo Jean-Jacques Rosseau, por natureza o Homem nasce bom mas a sociedade corrompe-o.
Pois parece que o mesmo se passa com o governo português que sendo actualmente refém da banca internacional –  parece utilizar a permissa da dívida para assaltar o Estado.

Ora, não se podem fazer omoletes sem ovos. Porém, enquanto houver corrupção de topo, a cozinha vai estar aberta mas os ovos só vão chegar em anos de eleições.