22/10/2017

Nada será como dantes

Os meus votos para que o Primeiro-Ministro tenha razão. Que de facto estes episódios nunca mais se repitam.

Baseado no fatum trágico da comunicação social foi-lhe perguntado quanto é que estas medidas irão custar ao estado... Será que os repórteres têm consciência de quantas dezenas de pessoas morreram este ano?

Do meu ponto de vista a questão não deve ser quanto é que o Governo vai gastar nestes programas  mas qual o retorno que vamos ter a curto prazo e médio prazo:

Para além dos ganhos a nível ambiental que vai advir da melhoria na supervisão da mancha florestal, vamos ter um maior controlo e uma melhor distribuição dos meios.

Não se deve também esquecer que os envolvidos terão melhor formação, mais estratégia e todos saem também a ganhar se a informação for melhor planeada, projectada e executada por todos os intervenientes.

A concretizarem-se estes planos, os resultados poderão também ser muito interessantes a nível económico. Pois, se houver mais prevenção e sensibilização, é de prever que haja menos fogos, o que só por si evita o recurso à utilização de meios excepcionais. Poderão dizer, mas se por um lado estamos a evitar gastos excepcionais, acabamos por estar ao mesmo tempo a gastar... Não. Estaremos a investir em mais e melhores meios, a apostar em recursos - a nível humano com mais e melhor formação e a nível de infraestruturas incluindo meios físicos de actuação.

Paralelamente está-se a dinamizar a actividade económica ligada à produção florestal.

Mas há uma coisa que eu gostaria de ver implementada. Uma só. Que a plantação de espécies invasivas como o eucalipto, deveria ser altamente limitada relativamente à plantação de outras espécies indígenas. Vamos ter uma geração que vai crescer sem conhecer a grandeza do Pinhal de Leiria. Mas o maior pesadelo que se possa ter, é deixar de ter um Pinhal de Leiria para passar a ter um Eucaliptal...

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