17/09/2010

Sobre O Mar que a Terra Tem

O Mar que a Terra Tem. O poema foi escrito há anos, no entanto, quando o releio aos olhos dos nossos dias apenas me apetece dizer o quanto eu gosto da Língua Portuguesa e do Português de Portugal! Abaixo, por isso, o Pantomineiro Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, abaixo o PAOLP!

Querem destruir o legado de séculos de experiência e de saber vivido, em nome de uma fusão  impossível entre  língua Portuguesa de Portugal e a do Brasil. Querem fazer-nos esquecer que cada país tem uma matriz única derivada da sua história, dos seus costumes, etc, etc, etc, mas que não pode nem deve ser tomada como igual à outra apenas porque a base é o Português. 





Que fique assente que eu não falo, nem quero falar, pensar, escrever Português do Brasil apenas porque uma Manada de pseudo-intelectuais deseja, sem argumentação científica e por motivos económicos - que outros? - tirar partido destas miscelâneas surrealistas!


Se bem que todas as línguas estão em constante evolução, essa evolução não deve ser feita por imposição nem à revelia de quem as usa, muito antes pelo contrário! 





Neste momento, entre os poucos que seguem este PAOLP devem estar aqueles que escrevem para um grupo ao qual pertence determinado jornal semanário que dizem sair de expresso mas deve ser mais de camioneta sem inspecção técnica e com os quatro piscas fundidos, porque para além da baixa qualidade jornalística quando cá chega vem a falar mal e a dizer que "adotaram" o Acordo Ortográfico... 


Um à parte,  cada vez que leio notícias escritas pela Lusa fico cheio de azia, não há Kompensão que me alivie e só me vem à lembrança o verso de Almada Negreiros "BASTA PUM BASTA!" mas afinal não há quem veja o Dantas morrer! 


Claro que os outros que também agradecem são os que lêem o dito jornal, filhos de uma geração que deixou de ser rasca para passar a ser preguiçosa, a ler e a escrever, plena de analfabetos funcionais que tratam mal a língua portuguesa e que subscrevem tais Acordos. 




No fundo é essa a geração que se está literalmente a borrifar para o progresso do país e, ainda pior,  para as gerações vindouras, já que é nela que se enquadram professores e educadores que ensinam e servem de exemplo os nossos filhos! Ai!!!!!! Já estou marcado por eles! He, he, he! Mas agora a sério, perguntem lá ao menino Carlinhos quanto são oito vezes sete ou à menina Anocas se já ouviu falar de Pessoa? Ai, Não?? Então...  Assobiem para o lado e continuem a ensinar...


Ainda que existam bons profissionais, pese embora serem poucos, Portugal é um país a brincar aos senhores doutores, aos senhores engenheiros e aos médicos- qual classe privilegiada e intocável. 

Um jornal alemão de referência escreve um artigo com o título "Die Forscher und Künstler der Kommenden Jahre" (Os investigadores e os artistas dos anos vindouros), olhando para o estímulo das capacidades criativas e cognitivas das crianças e jovens como o ponto de partida para a criação de uma geração futura voltada para o conhecimento e para a criatividade. Observe-se então o manancial económico de um tal país e compare-se com o nosso!

Tenho uma proposta para os nossos doutos doutores e engenheiros: porque não experimentam algo de semelhante? Afinal para além de um excelente exemplo seria um excelente estímulo para aumentar as capacidades dos nossos recursos  humanos. Talvez assim se fizesse sair este país da miséria cultural em que se encontra e com isso se ganhasse  uma geração política empreendedora, com visão, estratégia e, acima de tudo, carácter! 

É verdade que nem todos gostamos de críticas mas felizmente espero que ainda haja quem saiba rir. O que é preciso não esquecer é que o mérito se ganha pelo trabalho e não tanto pelo suor, ou pelas penas judiciais que ficam por cumprir!

Acabei por me estender em pensamentos que nada têm a ver com o poema que se segue, nem com a minha admiração pelo bem mais valioso do património português. Afinal, eu só pretendia elogiar a nossa língua, o nosso Português de Portugal!

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