Das horas passadas
O dia chega ao fim,
De asas quebradas
Adormece-me a mim
Nos minutos ardidos
Em fogueira apagada.
Perdi os sentidos
Em minh’alma calada...
Vejo-me doente
Perder todo o tino
Sou guitarra dolente
Que choro e desafino
O meu ser mais imo
O meu sentir mais profundo
Em cada verso que rimo
Sou caravela que afundo
Neste mar em que navego
Deixo a rota ao acaso
Faço-me dormir e entrego
Meu fado à luz do ocaso
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