22/09/2010

“Exaltação de”



Ah! Haja vida latente
Nas palavras sóbrias
Que embebedam tanta gente!
Nos versos e nos poemas
Também, nas palavras infernais,
Nas feridas e nos edemas
Que nos tornam a todos iguais!
No sangue, na vida, na devoção,
Em tudo aquilo que se sente,
Mártir, espírito, Ser, Razão,
Saber que sei ser diferente!

Haja um sonho a cada manhã,
Tão leve como as ondas do mar...
Haja esperança em cada alma sã
Que abruptamente se deixe levar
Pela ira do destino que se segue
Ao dia, à noite, ao amanhecer!
Ao sono, ao sonho e à vigília,
À desforra de poder dizer:
EU AMEI!! EU... amei!
Puro, como branco malmequer
Que eu fiz derramar
Por este sentir, dizer,
A palavra, a ti, amor, amar!

Mancho estes versos da culpa
Que assumo total como minha!
O meu amor não terá A desculpa
Por estas palavras que minh’alma definha!
Nem eu, já, tampouco...
Todos me consideram louco.
Pois que considerem, julguem e CONDENEM!
À forca, pela força, à morte,
À prisão perpétua desta maldita sina
Que me dilacera profundamente
Mas a qual refina a dor, ou o amor,
Que me torna mais forte!!

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