Ouves, filho, como, lá fora, o vento
Lúgubre, no seu ténue desalento
Empurra com seu canto o silêncio
E de encontro à chuva, se enlameia no chão
rebola, revolve o telhado e sem razão
vibra como quem chora uma triste canção...
Anda, filho, vem, vamos descansar
deixa o vento partir e a chuva chorar
essa tristeza, vês, não nos pertence
nem nos cabe a nós ter de a carregar
Descansa filho, deixa-te embalar
Os sonhos que trago proteger-te-ão
põe o medo de parte e vem sonhar
a meu lado até a tormenta passar!
4 comentários:
Caro Ferreira
Ler os seus poemas e tentar adivinhar as razões que os motivam é uma "tarefa" complicada. Como alguem disse "o poeta é um fingidor" creio que não se aplica ao realismo da sua poesia.
Espero um dia ver os seus poemas em livro e poder ter o prazer do seu autografo.
Abraço
Posso dizer-lhe que a frase de do poema Autopsicografia de Fernando Pessoa, “o Poeta é um fingidor”, é verdadeira, porque pela altura em que acabei de escrever o poema estava uma linda tarde de sol.
O que me motiva é que redescobri que gosto de escrever e já não praticava este exercício há alguns anos. Sei no entanto que brevemente deixarei de ter poemas na gaveta. Essa era a minha principal preocupação por forma a não me deixar esquecer daquilo que escrevi e a poder partilhar uma parte de mim. Se alguma vez estes meus escritos chegarem a livro, autografar-lhe-ei com gosto um exemplar mas temo ser um grão de areia muito pequeno no areal. Por outro lado, tenho uma certeza, que ainda não cheguei ao fim da minha estrada. Obrigado pela visita!
Ferreira
Caro Ferreira
Todos os dias dou uma (espreitadela) no seu blogue, mas nem sempre o pouco tempo desponivél me deixa fazer comentários e por vezes não tenho palavras que possa expremir o quanto eu gosto de ler os seus poemas.
São lindos
Abraço
Adélia
Cara Flor de Jasmim,
Muito obrigado pela sua atenção!
Um bom dia para si.
Abraço
Ferreira
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