14/10/2010

Eis-me onde era esperado

Eis-me onde era esperado:
Nos devaneios do meu ser, perdido
No mar a que chamo toda a gente
De um mundo calvo e despido.

Que mais posso dizer desse triste fado
Que nos alegra, anima e faz sorrir,
Mesmo sob o olhar perverso e demente
De quem nos diz as verdades a mentir?

Não me creio esperançado
De um último dia a esvaecer,
Pintado de azul, a ferro quente,
Aquele com o qual hei-de morrer

No sentido destes versos que deixo
À memória esquecida do acaso
Da qual eu lamento mas não me queixo
Já que este dia se aproxima do ocaso.

Uma última nota em tom de despedida
Eu deixo a quem quiser procurar:
Se a Verdade não é mais que a própria vida,
Então que nos resta senão restar?

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