05/10/2010

Querida, cheguei!

Descendo as escadas a meio caminho
E olhando para o lado como quem não quer
Vejo-te passar - ah! Que desalinho
E eu mortinho, mortinho
Por te ter a ti mulher!


Enquanto o sol se deita admiro
as formas do teu corpo ao passar
E eu caio para trás e suspiro,
qual regato trespassado por um tiro,
Doido por te poder acariciar!


A lua sobe e o céu adormecido
deixa-se em meus braços aninhar...
ahhh... faz frio mas o calor do teu vestido
é suficiente para nos aconchegar


És minha e finalmente, quero-te mais
aos segredos que não queres revelar,
porque as estrelas não podem falar,
sigo no balanço pendente dos teus ais
e seguro-te com se não houvesse mais ar!


Querida, estou a chegar!


(claro que nunca chegarei aos calcanhares do Bocage, mas não custa nada tentar, he he he!)

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