No meu caminho para casa
Acabado que tinha de chover
Parei junto a uma poça rasa
De água que o vento fazia mexer.
Ali vi ondas, imaginei um mar,
O céu nublado fazia a tempestade;
Numa folha de árvore fiz-me embarcar
Na imaginação própria da idade.
Pirata, mercador ou passageiro,
De cocaras, abaixado, a sonhar.
O tempo não para neste veleiro
De ser menino e poder brincar...
O vento arrepia e faz acordar
O Outono frio da carolice.
Fui criança e agora faço recordar
O garoto da minha meninice.
2 comentários:
Caro Ferreira
Crianças crescidas existem muitas que ainda são crianças...os poetas.
Abraço
Cara Flor de Jasmim,
No fundo, independentemente da idade, todos guardamos em nós uma criança que nunca crescerá, não é?
Abraço
Ferreira
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