28/08/2011

Diferenças...



Entrevista a Antônio Houaiss, para melhor compreender as diferenças que se relevam com o (des)acordo ortográfico de 1990.

7 comentários:

folha seca disse...

Caro Ferreira
A gente pelos vistos vai é ter que habituar-se. É só uma questão de deixar de usar certas palavras, como por exemplo não voltar a chamar reto ao cu. Para que que o procedimento não deixe de ser "recto".
Paciência...
Abraço

Ferreira, M.S. disse...

Caro Folha Seca,
É exactamente o contrário o que eu pretendo mostrar.
Como reparou, o Houaiss refere que para os brasileiros este acordo tem um efeito mínimo na sua escrita enquanto que para os portugueses, essas mudanças são abismais.
Apesar de a mudança mais badalada ser a queda do "cê", existem muitos outros males que ninguém se preocupa em ver - este acordo elimina regras gramaticais básicas e essenciais para o ensino da língua portuguesa, vem criar aberrações linguísticas, vai induzir em erro e criar confusão ao leitor.
A mim ninguém me perguntou se eu queria passar a escrever desta maneira. Penso que aos outros dez milhões e picos também não. Também penso que ninguém leu ou se quis dar ao trabalho de ler os pareceres contra esse acordo.
Eu não me resigno e não aceito este Acordo ditado por decreto-lei.
Abraço

Flor de Jasmim disse...

Caro Ferreira
Eu continuo a escrever como aprendi. É erro paciência, costuma-se dizer que "burro velho não toma ensino", assim estou eu, assim vou continuar.
Abraço

Ferreira, M.S. disse...

Cara Flor de Jasmim,
A tendência natural de uma língua é a sua contínua evolução pelo uso. O modo como aprendeu a escrever e como eu também aprendi a escrever, foi seguindo método, prática mas sobretudo regras gramaticais que explicam o porquê da existência de certas formas. Nesse saber assenta toda uma língua. O que hoje se pretende supostamente fazer é transcrever para o papel aquilo que alguém diz que é o mais correcto porque se decidiu através de um decreto-lei estabelecer que temos de escrever como alguém fala e não como todos nós escrevemos e falamos. A mentira deste dito acordo ortográfico é a de que se conseguirá a unificação da língua portuguesa no mundo, o que não é verdade uma vez que o vocabulário português de Portugal passará a incluir termos que são correctos em Cabo Verde ou no Brasil, por exemplo, mas que não existem cá escritos dessa maneira.
Isto é uma impostura que um grupo de pseudo-intelectuais nos estão a obrigar a aceitar. Isto vai custar mais ao país e aos pais em termos de adaptação dos currículos escolares, dos livros e dos métodos de ensino do que aquilo que nós em tempos destes jamais nos podemos permitir.
Bom, muito fica por dizer, mas, continue a escrever assim, que não vai mal.
Um abraço

folha seca disse...

Caro Ferreira
De facto fui dos Portugueses que não fui ligando muito a esta questão do acordo ortográfico. Era uma coisa distante. Agora percebo a "burrice" e a estupidez a que nos conduziram. É daquelas coisas de que só tomamos consciência quando já é tarde para a elas, nos opôr-mos.`Será?

Ferreira, M.S. disse...

Nunca é tarde para nos opormos ao que achamos incorrecto - desde que devidamente fundamentado. Por isso mesmo existe um grupo de pessoas que se estão a unir contra esta aberração linguística. Ainda há uma volta a dar. Visite o site: http://ilcao.cedilha.net/?page_id=18, preencha e assine a petição. Vai ver que não dói nada ;-)
Um abraço

Ferreira, M.S. disse...

Nunca é tarde para nos opormos ao que achamos incorrecto - desde que devidamente fundamentado. Por isso mesmo existe um grupo de pessoas que se estão a unir contra esta aberração linguística. Ainda há uma volta a dar. Visite o site: http://ilcao.cedilha.net/?page_id=18, preencha e assine a petição. Vai ver que não dói nada ;-)
Um abraço