02/04/2011

Moinhos de vento

Quando o intuito das minhas  viagens está relacionado com trabalho, é sempre complicado encontrar tempo livre para visitar este ou aquele monumento ou para fazer aquelas comprinhas de ocasião que muitas vezes se tornam num marco da nossa visita à cidade ou ao país onde nos encontramos.

A dada manhã, poucos minuto depois de deixar o hotel, naquele calmo e aparentemente pacífico lugarejo do interior da Holanda, eis que vejo, a poucas centenas de metros, um bonito e excelentemente bem conservado moinho de vento - até fiquei em crer que os Holandeses se interessam pelo seu património [repararam no tom irónico?]!
Uma vez que já nos encontrávamos a caminho da nossa reunião, pedi para parar e sair da viatura por um minuto apenas de modo a tirar a foto que  aqui se vê.


Nesse instante o silêncio rural deste lugar foi interrompido pelo rugido de motores - e eu, de máquina fotográfica em riste - volto-me e eis que me deparo com blindados a passarem por nós.

Primeiro ainda pensei que fossem os recém adquiridos blindados portugueses, mas claro que não estando em Portugal, mais propriamente em Lisboa [zona crítica de guerra] nem no Afeganistão, essa ideia deixava de fazer sentido. 

De qualquer forma, esta imagem foi suficiente para imaginar que o D. Quixote Luso dos nossos dias se aproveita dos negócios de ocasião para se passear hoje com as mais altas e dispendiosas tecnologias em alternativa à velha lança e ao desusado escudo para lutar contra os inúmeros moinhos de vento que temos em Portugal. A propósito, desde Novembro 2010, passados que estão 6 meses, já alguém foi formalmente responsabilizado pela negociata? Já alguém se demitiu ou foi demitido? Já houve consequências pessoais e políticas a retirar desse caso para servir de exemplo? Ah, pois, isso passou-se em Portugal...

Bom, continuando a falar de moinhos de vento, de ar e de nada, resta a primeira imagem que servirá de recordação da minha breve passagem desta semana pelos Países Baixos. 

1 comentário:

folha seca disse...

Sim Caro Ferreira
Estamos em Portugal
Aqui a culpa morre sempre solteira.
Abraço