20/04/2011

Do rio que falo...

Há uma foz no infinito
Uma voz no horizonte
Um silêncio que eu fito,
Um ocaso, uma ponte

Do outro lado do rio
O murmúrio do vento
empurra as noites a fio
E o frio
é um calor ternurento

ouço as palavras que procuro,
um eco longínquo, quase acabado...
Mas eis, ao sentir saudades do futuro,
o rio cala-se e passa a meu lado

No fluir desse mistério
do qual é impossível não gostar
absorvo, num momento mais sério
o teu sorriso quase começado
e estendo a mão para te alcançar

... para sempre...

4 comentários:

Flor de Jasmim disse...

Caro Ferreira
Lindo!!! Gostei imenso.
Já tinha saudades de ler um dos seus poemas, afinal foi com eles que conheci seu cantinho.
Abraço

Ferreira, M.S. disse...

Cara Flor de Jasmim,
É com prazer que a vejo por cá tão regularmente! Muito obrigado por gostar!
Ferreira

Lídia Borges disse...

Há sempre um rio a passar à nossa porta, a desvendar mistérios que queremos alcançar.
Um prazer esta leitura.

L.B.

Ferreira, M.S. disse...

Cara Lídia Borges,
Obrigado pelas suas palavras e por ter gostado!
volte sempre!
Ferreira