10/02/2011

O Sóbrio Vento que Passa

O sóbrio vento que passa
Sem rumo e de ventura findada
Murmura triste na noite baça
P'la morte da sua amada.

Nas velhas árvores ocas
Enlutadas por este mal,
Almejam os velhos mochos
P'lo acontecido funeral.

As nuvens vestem de negro
chorando a morte da finada
E o céu fecha-se em trevas
latejantes da trovoada!

Toda a natureza se uniu
Em tão funesta ocasião
Perdurando soturno o pranto
até ao aclarar da escuridão!

2 comentários:

Flor de Jasmim disse...

Caro Ferreira
Vir ao seu cantinho tornou-se um hábito como tomar o meu cafézinho. Hoje deparo-me com um poema que acho muito triste, não consigo comentar.
Abraço

Ferreira, M.S. disse...

Cara Flor de Jasmim
A tristeza é apenas uma figura de estilo que torna a poesia mais sentida. Como a saudade.
Obrigado pela visita.