22/04/2010

à beira do rio

Enquanto me perco em pensamentos, vou-me encontrando a descer por vinhas que parecem não ter fim. Fundeadas num solo autoritário, secular, representam o saber de quem as cuida a cada estação que passa. O resultado final desse trabalho, são o sabor e o aroma, únicos nesse néctar que só ganha o nome na invicta mas que nos delicia desde estas margens do Douro que já me conhecem tão bem... Chegado enfim a Peso da Régua e sem saber se vou ficar, sento-me à beira do rio, cogitando sobre a saudade dos lugares que conheço... O rio parece ficar nervoso e as nuvens a ameaçar com aguaceiros, é o Inverno gelado que me aguarda. Antes de decidir, procuro albergue e vou-me, aquecer o corpo e entregar à alma um cálice de Porto. Amanhã decido.

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