Estou chocado - enquanto pai e enquanto filho - depois de ver as imagens que por aí andam a circular da agressão de um agente da PSP a um adepto acompanhado pelos filhos menores e pelo o avô dos mesmos.
Estou chocado porque não há cuspidela que mereça o uso bruto da força como resposta a qualquer provocação que possa ter havido no seguimento daquelas imagens. Há um código penal que deve ser seguido pelo comum cidadão e pelos agentes da autoridade. Eventualmente esse código penal também prevê o uso da força em situações extremas, talvez, mas não por causa de uma cuspidela...
Estou chocado e confuso porque não entendo qual seria a mensagem que aquele agente estaria a tentar fazer passar ao suposto agressor e à família ali presente que tiveram o azar de estar no sítio errado à hora errada. E qual seria a mensagem que os outros agentes que prontamente intervieram nesta moldura estariam a tentar passar à família que procurava impedir a agressão do seu familiar?
Porque é que isto pode acontecer? Porque é que a PSP deixa que estes episódios de violência gratuita se repitam? Em 30 segundos de vídeo vêem-se um agente e outros seis a cuidar desta família. Mas nenhum a parar o agressor. É este o exemplo que a PSP quer dar dos seus actos de proximidade? Livra! Aparentemente esta instituição também falhou no controlo dos seus agentes...
4 comentários:
Que revolta existe em mim amigo!
Nada justifica a violência, muito menos na presença de crianças e vinda da parte de uma autoridade.
É assustador viver num mundo que se está a transformar desta e de outras formas tão negativas.
Beijinho meu amigo, uma semana tranquila.
Não era agente
era um graduado
ninguém da equipa
o podia ter parado
«O que há de característico e fundamental no desporto é, justamente, o que define e caracteriza a sociedade em que ele se realiza»
Prof. José Esteves, citado lá
Flor,
Totalmente de acordo. Beijinhos.
Caro Rogério,
obrigado pelo comentário - vejo pelo menos uma das minhas questões respondida.
O que aconteceu ali, penso, está para além do desporto e dos hábitos sociais comuns dos portugueses, gostaria de acreditar de um modo geral que se tratou de um caso isolado (que não foi, já que durante a manifestação do "Que se Lixe a Troika" também houve recurso a violência desnecessária) mas de qualquer maneira há que retirar consequências do que se passou.
Um abraço!
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