Temos tempo. Não o tínhamos antes porque há sempre desculpas.
Quando se encosta às boxes, o tempo aparece, por poucos segundos que sejam. Segundos que parecem minutos, horas, dias, semanas ou quanto tempo for necessário para nós. Não para as nossas coisas, para nós apenas.
Enquanto se está encostado às boxes pensamos naquilo que gostaríamos de fazer com o tempo útil em que ali estamos. Certo é que nos apercebemos que o anseio de poder realizar alguma tarefa esbarra nas condições físicas que nos atiraram para ali.
Então... tenho uma ideia. Projecto o que quero fazer! Assim que deixar as boxes, vou acelerar ao máximo e num breve instante realizar as acções que agora traço... e simultaneamente regressar ao labor quotidiano...
Tão cedo me apercebo quão etéreos são os meus anseios. Porquê? Porque afinal só agora tenho tempo para mim. Que estou encostado às boxes... Frustrante.
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