Mostra-me.
O teu lugar é infinito.
O meu está a acabar.
A vida é assim -
tudo começa, tudo tem um fim...
Os teus braços, não...
Esses seguem um caminho,
são uma estrada de carinho
que me trazem ao mar
são as ondas a arrulhar
o compasso do coração
um momento parado no tempo
um silêncio
um átomo
um ião
Acabo de acordar...
A tua estrada leva-me ao mar
em passo lento,
ouço o vento,
e bebo uma lágrima
calada...
Não sei se alguma vez parti,
ou se algum dia te deixei
eu existo, algures, por aí...
procura-me...
(não deixes de me procurar...)
28/04/2015
Da canalha que temos...
O Pessoa deu mote à inspiração,
Destes
versos acabados de escrever
Lá
diz o ditado: Mais vale um pássaro na mão
Do
que dois políticos a... como dizer...
Pedro
Passos Coelho
Ou
a política em desalinho:
Pedro é Passos
Paulo é Portas mas...
Pedro é Passos
Paulo é Portas mas...
Coelho
e Cavaco... uuuuuui!
Cuidado
com as sombras!
Cuidado
com as imitações...
Não vá o ilustre pedir unidade
e
apelar aos "cidadões"!
Das
sombras restaram as cinzas
Ficou
o meu país abandonado...
-
Vão-se embora, gritou Passos:
Procurem
emprego noutro lado!
Aqui há estágios para figurinos
e programas para a banca estar em forma!
Sempre
pagámos para sobreiros e submarinos,
BêPêÉnes,
Vistos d'Oiro e Technoforma!
Ao
fim do dia, pelo entardecer,
Foi-se
o sol e ficou a peneira...
- Onde está a minha pá?? Gritou de lá a padeira
- Onde está a minha pá?? Gritou de lá a padeira
de
Aljubarrota às Laranjeiras
– Foi
a troika, foi a troika!
Ouvia-se
numa feira...
E
era ele, o vice, o recém-casado,
saído
das bodas em cuecas e sem alento...
-
Faltou-me a TSU tomei um estimulante anual,
Tive
logo um inconseguimento!
Veio o coelho e zás... Qual vendaval!
Veio o coelho e zás... Qual vendaval!
Era
ouvir atrás dos sobreiros, o uivar...
Qual
zéfiro, quanto mais um Bento!
- Ai! Uma matilha de banqueiros!
E todos
me querem privatizar!
Pronto,
pronto... até pode ser!
eu deixo, pois até dou louvor,
se estiverem dispostos a pagar!
- Ai, Meretriz, não! Virgem, por favor!
Detesto nomeações contra a lei!
Lembrem-se, sim, deste apor:
Em terra de cego, quem
tem olho é rei...
26/04/2015
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