30/04/2012

Filólogo critica acordo ortográfico por recorrer à pronúncia para criar regras - JN

Artigo do JN:
Publicado em 2012-03-16



O filólogo Fernando Paulo Baptista considera que o acordo ortográfico da Língua Portuguesa incorre "no absurdo" de recorrer à pronúncia para regulamentar os usos escritos, afastando-se da raiz greco-latina e das grandes línguas mundiais.
 
foto GLOBAL IMAGENS/ARQUIVO
Filólogo critica acordo ortográfico por recorrer à pronúncia para criar regras
Acordo ortográfico
 


"Por isso é que tem este princípio: se se pronuncia, fica, se não se pronuncia, corta-se", afirma à Agência Lusa o investigador convidado do Centro de Investigação em Educação da Universidade do Minho e investigador jubilado da Associação Piaget Internacional, que sábado profere em Coimbra a comunicação "Acordo Ortográfico: SOS pelas matrizes profundas da Língua Portuguesa".
Fernando Paulo Baptista considera que o mais grave que o presente acordo comporta é na "Base IV", com as designadas "sequências consonânticas", em especial nas "ct" e "pt", opção que "vai liquidar aspetos importantíssimos da via erudita" da formação do vocabulário da língua portuguesa.

Afirma que, ao fazer um estudo pormenorizado da língua portuguesa antes do acordo e de cinco das línguas mais importantes no mundo, o inglês, espanhol, francês, italiano e alemão, concluiu que estas preservam a raiz nas mesmas palavras.

Encontra situações de "ditadura fonética", nomeadamente com verbo o latino "ago", que deu o verbo agir, com "mais de quatrocentos vocábulos em língua portuguesa", e em expressões como "atualidade" e "ação", "actuality" e "action" em inglês, ou "actualité" e "action" em francês.

"Isso vai dificultar o rigor que o uso escrito da língua deve ter, mesmo na criação poético-literária, na reflexão filosófica, nos grandes saberes da cultura e na linguagem especializada de todas as ciências", sustenta.

O filólogo encontra ainda "problemas graves" no quadro concetual e terminológico das ciências, em que "mais de 80% é de base greco-latina", e no ensino-aprendizagem do vocabulário nas escolas.

"O meu SOS é para chamar à atenção para o empobrecimento enorme que a língua portuguesa vai ter, mesmo para o Brasil, por ser o país que tem mais população. Vai perder a qualidade competitiva e sobretudo dialogal, dialógica, com as outras línguas que mantêm a raiz [latina]", acentua.

Na sua perspetiva, "sacrificar a via erudita é sacrificar o próprio ideal de erudição, de cultura mais elaborada, da expressão mais rigorosa" da língua.

"É a expressão da anarquia total. Não tem coerência nenhuma. Quer unificar, mas não unifica" e "assenta em erros gravíssimos", sustenta, reportando-se ainda a abolições de "hífen", duplas acentuações e de pronúncias.

Fernando Paulo Baptista observa porque não caíram por exemplo os "h" e "u" que não se pronunciam, quando "se utilizou a oralidade para fazer a regulamentação" ortográfica.


O Cartoon do Dia

Pois, que chatice... Fica provado que, com o mal dos outros posso eu bem...


Lógico!

Vale e Azevedo vai a uma churrasqueira e pede ao empregado que embrulhe dois frangos. 

Enquanto o empregado embrulha os frangos, repara numas belas codornizes e pergunta ao 


empregado se pode trocar os 2 frangos por 4 codornizes, ao que o empregado responde:


- Claro que sim.


Depois de embrulhadas as codornizes e entregues ao cliente, este vai-se embora, quando o 


empregado irrompe:


- Desculpe, mas o Sr. esqueceu-se de pagar as codornizes.


- Mas eu não as comprei, troquei-as pelos frangos! - disse Vale e Azevedo, "indignado" com a 


petulância do empregado.


- Mas também não pagou os frangos!


- Correcto, mas também não os levo...pois não ?

17/04/2012

Qualidade no ensino?

Então "bora lá" aumentar as turmas para 30 alunos (no mínimo)!

E mais uma voz a confirmar o aumento do fosso entre o ensino público e privado...

14/04/2012

Para relembrar o que é...


Ainda ando por cá...

Bom fim-de-semana:


Um dia, um homem cansado da vida de casado... 
- Vou ali à esquina comprar cigarros e já volto!!! 
e, dito isto, desapareceu.Ficou dez anos desaparecido e, há algum tempo, reapareceu. Bateu à porta, a mulher foi abrir, e lá estava ele, dez anos mais velho, quieto, sem dizer palavra. A mulher despejou toda a revolta para cima dele:

- Seu isto! Seu aquilo!... Seu este! Seu aquele! Seu aqueloutro!...
Então dizes que vais à esquina comprar cigarros e desapareces?

Abandonas-me... abandonas as crianças, ficas dez anos sem dar notícias, fazes-me criar os putos sozinha e ainda tens o desplante, o acinte, a coragem de reaparecer deste jeito? Pois vais pagar-mas. Fica sabendo que vais ouvir das boas até me esquecer. Eu nunca te vou perdoar. Estás a ouvir? Nunca! Entrai... mas prepara-te para ouvires até ao fim!

Nisto, o homem pára... dá uma palmada na testa e diz:
- Porra!...  esqueci-me dos fósforos! Já venho !

02/04/2012

Na Suiça...

Ao contrário de Portugal...




Agora nem falo da questão de acabar com a acumulação de pensões, mas imaginem como seria se pelo menos limitassem as reformas públicas ao salário do Primeiro-Ministro, como estão a fazer com o salário dos gestores