Eles são às dezenas e estão em todo o lado nesta selva mediática que nos rodeia... O que poucos sabem é que estes "curandeiros" são um caso muito grave de saúde pública.
Estes indivíduos estão na verdade afectados pela "opinotite aguda", nomenclatura inventada
à la minute para definir um estado de doença que demonstra em primeiro lugar uma reacção alérgica às esquerdas e que afecta sobretudo a camada populacional com mais de dezoito anos, podendo ser contagiosa.
Esta maleita é também conhecida por manifestar um outro sintoma viral impossível de ser curado: a
direitissis-seg-surd-mudoccocus.
Quando afectados por este sintoma viral os
doentes manifestam um enorme desprezo pela evolução dos feitos das esquerdas. Normalmente agudiza-se em períodos pré-eleitorais podendo também revelar-se altamente nocivo quando se verificam baixas significativas do défice, redução da taxa de desemprego, pela entrega antecipada de orçamentos de estado (que não contenham quaisquer medidas anticonstitucionais) bem como outros desenvolvimentos conjunturais e económicos advindo da
Geringonça.
Os casos mais graves de "opinotite aguda" encontram-se nas televisões, mais propriamente nos ditos serviços informativos em que os curandeiros, os guerreiros e até mesmo os ditos chefes da tribo pensam que
por achar logo se tornam donos das almas da opinião pública, aquela que mesma que
é capaz de julgar e condenar sem levar os réus a tribunal.
Nem sempre estes doentes são acompanhados, muitas vezes, nem vistos. Mas a influência que podem ter sobre a opinião pública é dramática. Há aqueles que se escondem nos programas das manhãs ou das tardes, que anunciam um qualquer tema e perguntam de seguida se o
Governo tem razão; se o Primeiro Ministro agiu bem - ligue já o xxx xxx xxx ...
Qual garrafa de álcool etílico junto de uma fogueira, volátil, explosiva, a opinião pública também pode ser facilmente moldada como plasticina nas mãos de uma criança.
Depois é esperar pelos serviços noticiosos ao final do dia, fazer eco dos resultados
et voilà, chega-se a todos. Citando um famoso mentiroso:
"Não acreditas? Não faz mal, eu conto-te já outra mentira".